O sexteto conta com músicos com certa experiência, vindos de grupos como SikTh (o baterista Dan Foord e o baixista James Leach), Gallows (o guitarrista Laurent Barnard), Hexes (Dan Carter, guitarrista), Cry for Silence (Alex Venturella, guitarra) e Liber Necris (o vocalista Simon Wright), formando uma espécie de “supergrupo do futuro”.
O som do Krokodil é calcado na maior invenção do homem depois da Coca-Cola, do café e do pastel: os riffs de guitarra. Todas as 12 canções de Nachash, sem exceção, são construídas a partir de riffs que proliferam do trio de guitarristas, em um peso astronômico que ganha o adorno sempre bem-vindo de doses certeiras de groove. As influências principais percebidas durante a audição do álbum são Mastodon, Meshuggah, Isis, Converge, Neurosis e Tool. As raízes dos músicos estão presentes e são usadas para montar uma sonoridade com personalidade própria, nada derivativa.
Sempre aprecio a técnica aplicada ao peso, elevando a agressividade das canções à potência máxima, e o Krokodil faz isso com precisão. A violência sonora é onipresente e sempre vem acompanhada por passagens instrumentais inspiradas e nada convencionais, que entortam o ouvido e a cabeça.
Há uma espécie de divisão em Nachash, com a primeira parte do álbum soando mais agressiva enquanto as canções finais apresentam trechos mais atmosféricos e contemplativos, como que conduzindo o ouvinte por uma batalha sanguinolenta que leva ao descanso merecido.
Se você curte Mastodon, Anciients, Intronaut e bandas nessa linha, a estreia do Krokodil foi feita pra você. Metal pesadíssimo, cativante, que preenche as veias e faz o coração bater mais forte.
Recomendadíssimo!
Nota 8,5
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