Dica: clique nos links para ouvir os álbuns no Spotify.
O retorno de Criolo após Nó na Orelha (2011) era cercado de expectativa. E é muito bom quando essa expectativa se concretiza e não apenas satisfaz os ouvidos, mas, sobretudo, surpreende. Convoque seu Buda é um senhor disco, um álbum excelente, que vai muito além do rap com o qual o artista está identificado pelo grande público. Trata-se de um trabalho de música brasileira em todos os aspectos, repleto de referências externas e a diversos gêneros. Um ótimo disco de música brasileira moderna. Pra ouvir, reouvir, escutar de novo e mais uma vez.
Aliando peso, agressividade e melodia, tudo amarrado por um forte apelo emocional, o Machine Head descobriu a fórmula definitiva da sua música. Os aliados de Robb Flynn encontraram a sua forma única de fazer heavy metal, e desde Through the Ashes of Empires (2003) vêm aprimorando e refinando essa personalidade em constante evolução. Se The Blackening (2007) era excelente e Unto the Locust (2011) de outro mundo, Bloodstone & Diamonds é a afirmação definitiva da grandeza da banda norte-americana. O melhor disco de metal do ano não poderia ser de mais ninguém.
Behemoth - The Satanist
Interrompendo um silêncio de 5 anos desde Evangelion (2009), o Behemoth veio faminto e com muito a dizer - como sempre. Mais direto e menos pomposo que os últimos álbuns do grupo, The Satanist tem nesta característica uma de suas virtudes principais. Com ótimas composições como “Blow Your Trumpets Gabriel”, “Ora pro nobis Lucifer” e “O Father O Satan O Sun!”, o disco deixa claro que o Behemoth segue como uma das maiores e mais criativas forças do metal extremo. A belíssima capa é a cereja do bolo.
Interrompendo um silêncio de 5 anos desde Evangelion (2009), o Behemoth veio faminto e com muito a dizer - como sempre. Mais direto e menos pomposo que os últimos álbuns do grupo, The Satanist tem nesta característica uma de suas virtudes principais. Com ótimas composições como “Blow Your Trumpets Gabriel”, “Ora pro nobis Lucifer” e “O Father O Satan O Sun!”, o disco deixa claro que o Behemoth segue como uma das maiores e mais criativas forças do metal extremo. A belíssima capa é a cereja do bolo.
Big Apple Blues - Energy
O segundo disco deste combo nova-iorquino é um caldeirão sonoro de altíssimo quilate. Transitando pelo blues, funk, soul, rock e até mesmo jazz, o sexteto concebeu um trabalho primoroso, na medida para quem procura música de qualidade. Totalmente instrumental, o álbum conduz o ouvinte por sensações distintas em cada faixa, dispensando o uso de letras para transmitir emoções e sentimentos.
O segundo disco deste combo nova-iorquino é um caldeirão sonoro de altíssimo quilate. Transitando pelo blues, funk, soul, rock e até mesmo jazz, o sexteto concebeu um trabalho primoroso, na medida para quem procura música de qualidade. Totalmente instrumental, o álbum conduz o ouvinte por sensações distintas em cada faixa, dispensando o uso de letras para transmitir emoções e sentimentos.
O filho de Jimmy Page com Edward Mãos de Tesoura seguiu afiado em seu segundo álbum. Novamente tendo o blues como fio condutor, White deu aos ouvidos do público onze canções cheias de detalhes, com arranjos criativos e mudanças inquietas. O uso do violino na belíssima faixa-título exemplifica a força de um trabalho que, ainda que soe ligeiramente inferior à Blunderbuss (2012), mostra que Jack White segue sendo uma usina de força no rock atual.
Baterista de Fela Kuti e um dos pais do afrobeat, o baterista nigeriano Tony Allen gravou um dos melhores discos do ano. Film of Life traz o caldeirão de ritmos esperado, embalado com muita sutileza, bom gosto e refinamento. Suave e sempre na medida, Allen passei por faixas cantadas e composições instrumentais, além de contar com a participação de convidados especiais, entre eles um certo Damon Albarn. Viciante!
O quarto álbum do combo norte-americano soa um pouco mais cru que os anteriores, além de inserir doses agradáveis de afrobeat ao jazz-funk (às vezes mais funk, outras mais jazz) dos trabalhos anteriores. Pulsante do início ao fim, Burnt Offering enche os ouvidos de música de qualidade inegável.
Big Mean Sound Machine - Contraband
Outro combo norte-americano. Contraband é apenas o terceiro álbum da Big Mean Sound Machine, e traz uma predominância funk que gruda na cabeça. Destaque para os metais, sempre muito bem trabalhados, resultando em composições excelentes como “Sweet Tooth”. Pra limpar a mente e deixar os problemas do dia a dia bem longe.
Outro combo norte-americano. Contraband é apenas o terceiro álbum da Big Mean Sound Machine, e traz uma predominância funk que gruda na cabeça. Destaque para os metais, sempre muito bem trabalhados, resultando em composições excelentes como “Sweet Tooth”. Pra limpar a mente e deixar os problemas do dia a dia bem longe.
Adrian Raso & Fanfare Ciocarlia - Devil’s Tale
União do violonista e guitarrista canadense Adrian Raso com a orquestra balcã Fanfare Ciocarlia, Devil’s Tale é quase um álbum antropológico, no sentido em que resgata ritmos e composições da região, apresentando-as para um novo público. A trilha perfeita para o Dom Quixote do nosso tempo. Música folclórica e riquíssima - em todos os aspectos.
União do violonista e guitarrista canadense Adrian Raso com a orquestra balcã Fanfare Ciocarlia, Devil’s Tale é quase um álbum antropológico, no sentido em que resgata ritmos e composições da região, apresentando-as para um novo público. A trilha perfeita para o Dom Quixote do nosso tempo. Música folclórica e riquíssima - em todos os aspectos.
Tohpati - Tribal Dance
Jazz-funk orientado para a guitarra, na escola de gigantes do estilo, como Phil Upchurch. Tohpati é nigeriano e vem alcançando cada vez mais destaque entre os apreciadores do gênero. Fusion, jazz, soul, funk, tudo junto e misturado em um álbum que é uma delícia do início ao fim.
Jazz-funk orientado para a guitarra, na escola de gigantes do estilo, como Phil Upchurch. Tohpati é nigeriano e vem alcançando cada vez mais destaque entre os apreciadores do gênero. Fusion, jazz, soul, funk, tudo junto e misturado em um álbum que é uma delícia do início ao fim.
Caramba, não estou muito acostumado a ver vc listar tantos álbuns fora da esfera rock / Metal... Me surpreendeu... Vc poderia fazer uma lista dos discos desses estilos de que vc mais gostou em 2014?
ResponderExcluirEm tempo: Há ouvi alguma vezes o disco do Jack white, e não consegui digeri-lo por completo... Ao mesmo tempo, adorei Pale Communion do Opeth
ResponderExcluirFala Cadão,
ResponderExcluirSenti falta do CD do Accept - Blind Rage, na minha opinião melhor de 2014 junto com Bloodstone and Diamonds.
Estou um tanto surpreso com a ausência do Pale Communion (Opeth) e o Once More 'Round The Sun (Mastodon) na sua lista. Da minha eles não saem hehehe.
ResponderExcluirLista bacana, apesar de não ter ouvido todos.
ResponderExcluirJack White, Machine Head e Criolo também estão na minha. Dos que fui conhecer agora, achei espetacular o som do Big Apple Blues, que som gostoso do caramba! Bom pra improvisar escalas na guitarra. Vai pra minha lista!
O The Budos Band é bem na linha do The Apples ou até mesmo o nosso Bixiga 70; gostei também.
Wow, bela lista. Não conheço metade, hora de conhecer.
ResponderExcluirFica uma pergunta: e se sair um discaço agora em dezembro? Entra na lista do ano que vem?
Teremos listas de convidados neste ano, Ricardo?
ResponderExcluirSim, Fabiano. Menos que no ano passado. Nos próximos dias começam a ser publicadas as listas.
ResponderExcluirRicardo, excelente a sua lista . O que eu não conheço vou procurar ouvir. Eu gostei muito do disco novo dos swans, do de sunn 0)) com Scott walker, aphex twin, earth e eyehategod. Abraço e obrigado pelas dicas.
ResponderExcluirBacana, vou procurar alguns álbuns que eu não conhecia.
ResponderExcluirNa minha opinião, o melhor álbum lançado esse ano foi o do Witchrider: https://www.youtube.com/watch?v=6fVPepMmmfw
Outros destaques:
Nick Waterhouse - Holly
Blues Pills - Blues Pills
Radio Moscow - Magical Dirt
Crosses - Crosses
Mastodon - Once More Round...
The Lone Crows - Dark Clouds
Lee Fields & the Expressions - Emma Jean
De discos nacionais, além do Criolo, gostei bastante do Far From Alaska.
Baita lista, aprendi muito com ela. Belos sons, só acrescentaria o Snarky Puppy com o "We Like It Here", que é maravilhoso e conheci por meio de suas playlists, Ricardo. Grande abraço!
ResponderExcluirShow sua lista Ricardo,concordo que The Satanist e Bloodstone & Diamonds são os melhores álbuns de metal.Incluiria na minha lista o album novo do Primordial Where greater men have fallen,que achei muito bom.Abraço,parabéns pelo trabalho de altíssima qualidade.
ResponderExcluirAdorei este disco do Behemoth, me arrebatou de cara, clima impressionante, tudo na medida certa, com certeza foi o som que mais ouvi esse ano. Acrescentaria o disco do Robert Plant, o qual curti muito, estou na expectativa pro show do próximo ano.
ResponderExcluirSou bem fanático pelo Mastodon, mas tenho que reconhecer que este disco não foi tão forte quanto os anteriores.
Concordo com o colega em relação ao Opeth, grande disco.
Vou agora conhecer os álbuns diferentes da sua lista, valeu pelas dicas.
Eis a minha:
ResponderExcluir1- Paul Heaton & Jacqui Abbott - What have we become
2- Bruce Springsteen - High hopes
3- Leonard Cohen - Popular problems
4- Wilko Johnson & Roger Daltrey - Going back home
5- Imelda May - Tribal
6- Chrissie Hynde - Stockholm
7- Lenny Kravitz - Strut
8- Manic Street Preachers - Futurology
9- Billy Idol - Kings and Queens of the underground
10- John Mellencamp - Plain spoken