Ouvi uma vez. Ou li em algum lugar. Talvez tenha sonhado, não sei. Mas a frase ficou grudada na memória, e dizia o seguinte: você percebe que uma canção é boa quando ela funciona no violão. O que quer dizer, em outras palavras, que uma boa canção sempre será uma boa canção. Uma composição forte funcionará mesmo despida de toda sua produção, reduzida à sua essência, à melodia que a conduz.
Mas o fato é que tudo já estava lá. As letras, as melodias, as ideias. Ryan Adams não alterou nada disso. Apenas retirou o excesso e foi mais, digamos, minimalista, realçando assim as qualidades de cada uma das trezes canções de 1989. Há um clima melancólico e contemplativo que remete ao melhor álbum de Adams, Gold, composto logo após o músico levar um pé na bunda. E essa relação próxima entre trabalhos a princípio tão distantes encontra explicação por 1989 ser considerado o disco mais pessoal de Taylor Swift, com letras intimistas e que contam passagens marcantes de sua vida. O próprio título do trabalho faz alusão ao ano de nascimento da cantora.
Não vou me transformar em um fã de Taylor Swift, mas esse nem é o caso. O que fica de toda essa experiência é um respeito maior pela menina, e um reconhecimento ainda mais profundo pelo gênio que é Ryan Adams.
1989. Tá aí um disco muito legal de se ouvir. Vale a pena experimentar!
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