Vimos surgir na última década inúmeras novas bandas de thrash metal, que injetaram fôlego no estilo. Enquanto uma parte buscou na sonoridade clássica do gênero a sua inspiração, um outro grupo teve como objetivo atualizar a sonoridade do estilo.
Abaixo estão vinte bandas que estão se destacando na cena thrash contemporânea. Há nomes novos e desconhecidos, mas fiz questão também de listar alguns grupos que já fazem parte do cotidiano de quem consome o gênero, mas que podem ter passado batido por quem não está tão atualizado assim no assunto.
Vektor
Este quarteto norte-americano passou a ser cultuado a partir de 2011, ano em que lançou o seu terceiro disco, Outer Isolation. Um dos melhores álbuns de thrash metal dos últimos anos, o trabalho traz uma sonoridade técnica e cheia de energia, em composições que despejam riffs de maneira incessante. Uma verdadeira joia pra quem ama o gênero! O Vektor lançará o seu novo álbum, intitulado Terminal Redux, em maio deste ano. É esperar pra ver se conseguirão manter o alto nível de Outer Isolation.
Suicidal Angels
Banda grega formada em 2001 e com cinco discos no currículo. Thrash metal que une a escola europeia com a tradição da Bay Area, em composições rápidas e agressivas. Destaque para o vocal de Nick Melissourgos, o belo trabalho de guitarras e a aproximação com o death metal em algumas faixas, soando como um híbrido entre os dois estilos.
Skeletonwitch
Um dos principais nomes do retrô-thrash, o Skeletonwitch surgiu em 2003 com a proposta de reviver os anos de glória do estilo. Com o passar dos anos, no entanto, a música da banda foi ficando cada vez mais rápida e agressiva, chegando ao ponto de ser praticamente impossível dividir o thrash e o death metal de seu DNA sonoro. Um som direto ao ponto, sem meandros e voltas desnecessárias, equilibrando doses de violência com um trabalho de guitarra que traz elementos dos gêneros citados acima, além de trechos cheios de melodia.
Angelus Apatrida
Banda espanhola com cinco discos no currículo, com destaque para os três últimos: Clockwork (2010), The Call (2012) e Hidden Evolution (2015). Influências equilibradas entre Destruction e Testament, em uma música cativante e com refrãos fortíssimos. Torcicolo garantido!
Banda espanhola com cinco discos no currículo, com destaque para os três últimos: Clockwork (2010), The Call (2012) e Hidden Evolution (2015). Influências equilibradas entre Destruction e Testament, em uma música cativante e com refrãos fortíssimos. Torcicolo garantido!
Exmortus
Quarteto californiano que acabou de lançar o seu quarto álbum, Ride Forth. A música é um thrash técnico e com ênfase não apenas nos riffs de guitarra, mas no instrumento como um todo. Os guitarristas David Rivera e Jadran Gonzalez (também responsável pelo vocal) derramam solos e melodias em todas as faixas, em algo hipoteticamente próximo do que aconteceria se Malmsteen tivesse nascido em San Francisco e não na Suécia. A onipresença de melodia, ao mesmo tempo em que suaviza a agressividade, tem tudo para agradar fãs de nomes como o Children of Bodom.
Warbringer
Com quatro discos na carreira, o Warbringer é uma das forças ascendentes da cena norte-americana. Thrash metal clássico e agressivo, na melhor tradição dos maiores nomes do estilo. Uma das referências do retrô-thrash, o quinteto tem lançado discos consistentes, garantindo um número cada vez maior de admiradores.
Reek
Outro ótimo nome vindo da Espanha, o Reek lançou apenas um álbum por enquanto, Necrogenesis (2014). A música insere elementos técnicos e progressivos ao thrash, em uma união muito bem construída. Tendo os riffs como alicerce das canções, a banda mostra talento e uma simbiose com o ouvinte, ambos caminhando juntos em um êxtase similar.
Black Fast
Quarteto de St. Louis com dois belos discos na carreira, Starving Out the Light (2013) e Terms of Surrender (2015). Velocidade, vocais guturais, riffs por todos os lados, agressividade escorrendo pelos poros: esse é o clima. Não dando pausa para o ouvinte respirar, o Black Fast pisa fundo com faixas autênticas e que transpiram paixão. A produção áspera deixa tudo ainda mais violento.
Distillator
É a cena retrô indo além das fronteiras dos Estados Unidos e chegando à Europa - no caso, à Holanda. A estreia do Distillator foi lançada em 2015, mas parece gravada na metade da década de 1980. Para fãs do Exodus, Hirax e similares.
Toxic Holocaust
Acho que todo mundo que é fã de thrash já ouviu o Toxic Holocaust, mas por via das dúvidas não custa recomendar a banda norte-americana. Na ativa desde o início dos anos 2000, o grupo é, provavelmente, o maior nome do thrash retrô. Sempre velozes e agressivas, suas canções resgatam a violência onipresente nos primeiros anos do estilo, característica que acabou sendo deixada de lado pelas grandes bandas do gênero pouco a pouco. Thrash puro e de raiz, pra bangear sem parar!
Evile
Outro nome já conhecido de quem é fã de thrash e não ficou limitado aos mesmos nomes de sempre. O Evile surgiu na Inglaterra em 2004 e desde então gravou quatro discos - Enter the Grave (2007), Infected Nations (2009), Five Serpent’s Teeth (2011) e Skull (2013). Pessoalmente, gosto muito dos dois últimos. A sonoridade é similar ao Metallica de Ride the Lightning e Master of Puppets, tanto pela influência quanto pela similaridade entre os timbres vocais de Matt Drake e James Hetfield. Nunca ouviu o quarteto? Não sabe o que está perdendo.
Havok
Formado em 2004 em Denver, o Havok lançou o seu primeiro disco, Burn, apenas em 2009. A estreia foi seguida por Time is Up (2011) e Unnatural Selection (2013). A sonoridade é clássica, influenciada por nomes como Metallica, Megadeth, Testament e Kreator. Se você está precisando renovar a sua fé no estilo, eis aqui a banda que irá proporcionar a sua redenção.
Municipal Waste
Na mesma levada do Toxic Holocaust, o Municipal Waste também vem dos Estados Unidos e traz, além de influências da década de 1980, uma aproximação com o hardcore. Por essa razão, alguns veículos classificam a banda como crossover thrash ou thrashcore. Música rápida e canções curtas, tudo embalado com muito bom humor. Já são cinco discos na carreira, fazendo a alegria de bangers mundo afora.
Gama Bomb
Thrash turbinado com elementos de speed metal, vindo direto da Inglaterra. Com cinco discos na carreira, o Gama Bomb tem crescido progressivamente nos últimos anos, em um justo reconhecimento do público ao trabalho da banda. Bateria rápida, faixas diretas e sem muita enrolação, além do uso constante de backing vocals meio que no tradicional esquema “pergunta e resposta” característico do hardcore são as principais características destes ingleses.
Lich King
Cinco álbuns lançados, todos muito interessantes pra quem é fã da sonoridade clássica do thrash. Os integrantes possuem codinomes que homenageiam personagens da cultura pop: Rambo (guitarra), The Hulk (guitarra), Darth Vader (baixo), Hulk Hogan (bateria) e A Fucking Tyranosaur (vocal). Influências de Exodus e Kreator são sentidas em todos os discos.
Lazarus A.D.
Excelente banda norte-americana que executa um thrash cheio de groove, com influência de nomes clássicos e também de outros mais aventureiros, como Pantera. O único senão é que o grupo lançou apenas dois discos até agora, The Onslaught (2007) e Black Rivers Flow (2011). Um retorno seria bem-vindo.
Dust Bolt
Alemães na estrada desde 2006 e com dois álbuns nas costas: Violent Demolition (2012) e Awake the Riot (2014). A banda sabe variar o foco entre momentos de velocidade com outros onde as mudanças de dinâmica dão o tom.
Lost Society
O novo disco destes finlandeses, chamado Braindead, acaba de ser lançado e comprova o talento mostrado nos dois primeiros álbuns, Fast Loud Death (2013) e Terror Hungry (2014). Tsunami de riffs, peso evidente e agressividade escancarada são os principais pontos fortes do quarteto.
Iron Reagan
Thrash pé no fundo na melhor tradição de Reign in Blood, com o aditivo extra de uma considerável influência de hardcore. Com dois discos já lançados, este quinteto de Richmond vem fazendo um estrago tremendo na cena norte-americana.
Violator
Fechando, uma nome que todo brasileiro conhece (ou deveria conhecer, pelo menos): o Violator. Na estrada desde 2002, a banda natural de Brasília já lançou quatro discos, todos alinhados e no mesmo espaço/tempo de toda a cena thrash retrô de nomes como Toxic Holocaust. Uma das grandes bandas de heavy metal surgidas no Brasil na última década.
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