Judas Priest: os seis melhores álbuns da banda


Vindo das mesmas raízes e cinzas do Black Sabbath e do Led Zeppelin, o Judas Priest surgiu em Birmingham, na Inglaterra, em 1969. Colocando elementos da juventude pobre dos músicos em suas composições, a banda elevou o metal para o seu próximo nível. Os vocais melódicos e em tons altos de Rob Halford misturados com o ataque das guitarras de Glenn Tipton e KK Donwning definiram o padrão que o heavy metal seguiria a partir de então.

O Judas Priest tem um impacto gigantesco no cenário do heavy metal há quase cinco décadas. Com dezessete álbuns de estúdio, sua música é bastante diversificada. Uma das maiores características da banda é que eles nunca olham para trás e tiveram a coragem de pisar fora do caixa, desafiando constantemente o ouvinte. O Judas Priest é uma das mais importantes e influentes bandas da história do metal, e aqui está a nossa opinião sobre os melhores lançamentos da sua carreira.



6. British Steel (1980)

1980 foi um ano lendário para o heavy metal com lançamentos bombásticos de nomes como Black Sabbath, AC/DC e Iron Maiden. O mundo do metal estava mudando, e nenhum disco trouxe tantas mudanças quanto o sexto álbum do Judas, British Steel. O disco foi um estouro nos Estados Unidos, puxado pelas clássicas “Living After Midnight” e “Breaking the Law”. A abertura com “Rapid Fire” já era de tirar o fôlego. A banda buscou inspiração no reggae para compor “The Rage, mostrando toda a sua diversidade e que eles eram muito mais do que apenas uma banda de metal. British Steel é um dos discos mais cruciais da história do heavy metal, e ajudou muito a trazer o gênero para as massas.



5. Painkiller (1990)

Painkiller é simplesmente o álbum mais pesado da carreira do Judas Priest. A faixa-título literalmente mudou o metal do início da década de 1990 e ajudou a expandir o power metal enormemente. Halford ainda estava no topo e nunca soou tão raivoso quanto aqui. O trabalho de composição é intenso e sofisticado, e não reflete os problemas internos pelos quais a banda passava na época. O último disco de Rob Halford antes de sair da banda e retornar somente onze anos depois, Painkiller também apresentou ao mundo o monstruoso baterista Scott Travis. Não há momentos fracos, e faixas como “A Touch of Evil”, “One Shot At Glory” e a fantástica “Night Crawler” mostram a banda ainda mantendo-se no auge no seu décimo-segundo álbum.



4. Screaming for Vengeance (1982)

Com a abertura mais definitiva da história do metal, Screaming for Vengeance não desperdiça um momento sequer e soca o ouvinte sem piedade. Após o mediado Point of Entry, o Priest estava de volta, melhor do que nunca. A dobradinha “The Hellion / Electric Eye” é a realeza do metal. Tipton e Downing executam durante o disco alguns dos melhores riffs do gênero. Canções como “Riding on the Wind”, “Devil's Child” e a faixa-título mostram a banda mantendo o lado pesado que havia aprimorado até então. Eles também incluem elementos pop nas insanamente chicletes “You've Got Another Thing Coming”, “Pain and Pleasure” e “(Take These) Chains”. É o lançamento mais bem sucedido comercialmente da banda, e levou a popularidade do grupo para a estratosfera.



3. Defenders of the Faith (1984)

Partindo do fenomenal sucesso de Screaming for Vengeance, Defenders of the Faith colocou a banda em outro nível. O Priest estava no auge da sua popularidade e escreveu músicas que funcionavam de maneira perfeita ao vivo. As melodias vocais de Halford estão no topo, com alguns dos momentos mais memoráveis de sua carreira. Faixas como “Freewheel Burning”, “Jawbreaker”, “Love Bites”, “Rock Hard Ride Free” e “The Sentinel” fazem o disco ter uma cara de Greatest Hits. “Eat Me Live” e “Night Comes Down” são duas das mais subestimadas canções da banda. Um dos álbuns mais pesados do Judas, só ficou melhor com a passagem dos anos.



2. Sin After Sin (1977)

O terceiro álbum do Judas Priest trouxe a banda incorporando temas mais pesados em sua sonoridade. Gravado em apenas seis dias, o disco foi produzido pelo baixista do Deep Purple, Roger Glover. Sin After Sin é o primeiro trabalho verdadeiramente proto-thrash da banda, e isso é evidenciado em faixas como “Sinner”, “Let Us Pray” e “Dissident Aggressor”, todas com andamentos rápidos, arranjos agressivos e batidas explosivas. “Dissident Aggressor” é tão à frente do seu tempo que permanece até hoje como uma das músicas mais agressivas da banda. O baterista Simon Phillips apresenta uma performance monstruosa, sentida por todo o álbum. Eles também mostram um lado diferente de sua personalidade com a linda “Last Rose of Summer” e a assombrosa “Here Come the Tears”. Os vocais de Halford soam lendários e sua performance é apaixonada, justificando o status de Metal God. Merece destaque também a incrível releitura de “Diamonds and Rust”, de Joan Baez, que incorporou toda a personalidade sonora do Judas.



1. Sad Wings of Destiny (1976)

Em uma época em que os três maiores nomes do metal no período - Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple - estavam em declínio, o Judas Priest entrou em cena com um dos álbuns mais importantes de sua história. O seu segundo disco foi uma rajada de ar fresco em um momento que o heavy metal precisava desesperadamente ressurgir. Apresentando os vocais grandiosos de Halford, o ataque de guitarras gêmeas de Tipton e Downing e o ritmo galopado, a banda desenvolveu algo totalmente novo. “Victim of Changes” é um verdadeiro épico e uma das melhores canções da história. “Tyrant”, “The Ripper” e “Island of Domination” apresentam a mistura de riffs agressivos com vocais primorosos. Sem Sad Wings of Destiny, o heavy metal teria tomado um caminho totalmente diferente.

Por Dan Drago, do Heavy Music Headquarters 
Tradução de Ricardo Seelig

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