Review: Witching Altar - Ride With the Devil (2016)


Quem é brasileiro com certeza já ouviu falar alguma vez na vida sobre “macumba”. 

Pois bem, dito isso. a dupla T. Witchlover (Beast Conjurator, Seven Candles, ex-Stormblood) e Peter Vitus (Seven Candles, ex-Preatcher, ex-Electric Mooker) são macumbeiros sonoros. O Witching Altar é um projeto paralelo criado em 2011 pela dupla. O som desenvolvido pela banda, um doom metal tradicional com doses de occult rock setentista, prende você logo nos primeiro riff. É difícil pular uma música no player, devendo ser ouvido do início ao fim.

Tons graves, batidas hipnóticas, riffs pesados, vocal direto e uma atmosfera mística-oculta, é essa a alquimia que o ouvinte encontrará em Ride With the Devil, primeiro full-length da banda. Impossível ouvir o disco e não lembrar de Coven, Black Sabbath, Pentagram, Saint Vitus e/ou Reverend Bizarre. Aliás, a bolachinha digital traz covers dessas três últimas, e ao longo da audição você escutará uma homenagem aos mestres "sabbathicos", principalmente em “Everything Dies”, que lembra “Planet Caravan,” e “Dopesmoke”, espécie de “Sweet Leaf” do Witching Altar. 

Porém, a banda não soa como uma cópia dessas e pratica um som próprio com características pessoais. Escute “Son of the Devil” com seu refrão marcante e tente ficar parado. “The Price We Pay”, com seus quase oito minutos, possui um andamento lento, pesado e hipnótico característico do estilo. Já “Her Embrace” é uma faixa instrumental com andamento variado, bem cativante e com partes heavy metal.    

O álbum saiu em duas versões: uma nacional pela união da Soul Erazer Records, The Metal Vox Records & Distro, Nuktemeron e Odicelaf, enquanto um pouco antes, em 10/06, saiu a versão americana pela Divebomb Records, que traz o cover de “Relentless", do Pentagram. 

Ponha o álbum no player e viaje pelos pântanos ocultos e cheios de névoa do doom setentista.

Por Antônio Francisco Lopes de Souza

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