Vimos durante a semana o buzz criado no mundo do metal pelo lançamento do disco mais recente do Metallica. Muitas opiniões positivas e outras um tanto quanto contrárias. A grande verdade é que uma banda clássica, sempre que lança um novo álbum, carrega consigo um grande peso nas costas: o de se manter relevante em uma época totalmente diferente, sem deixar de lado as configurações musicais que fizeram o grupo ser reconhecido mundialmente.
Com muito menos investimento e estardalhaço, o Tygers of Pan Tang, banda clássica do movimento NWOBHM, lançou no final de outubro seu décimo-primeiro álbum. A banda capitaneada por Robb Weir, o único membro da formação original, recebeu uma injeção de novidade com a entrada de Jacopo Meille (vocais), Craig Ellis (bateria) Gavin Gray (contrabaixo), Micky Crystal (guitarra), todos recém unidos no grupo em um processo de mudança que se iniciou no início dos anos 2000.
Toda essa renovação fez bem ao grupo, que já havia mostrado excelente resultado em seu disco antecessor, Ambush (2012). Em seu álbum autointitulado, o grupo mantém o bom nível, conseguindo unir todos os ingredientes do NWOBHM sem soar antiquado.
O disco é aberto com "Only the Brave", uma pancada que convida o ouvinte a abrir a roda no meio do salão. "Dust", a música seguinte, mantém a pegada incluindo um pouco mais de groove ao play. A terceira faixa da bolacha, "Glad Rags", conta com um refrão extremamente pegajoso e chama todos a levantarem as mãos pro alto pra acompanhar o ritmo do cowbel. O álbum conta também com três excelentes baladas - "The Reason Why", "Angel in Disguise" e "Praying for a Miracle" - que acrescentam muita qualidade ao play. Vale destacar também as faixas "Do It Again" e "I Got the Music in Me".
Durante toda a execução nota-se o trabalho primoroso e o cuidado harmônico que faz o Tygers of Pan Tang, em pleno 2016, rugir alto e poderoso em um disco que certamente será considerado um dos grandes registros de metal do ano.
Por Murilo Tinoco, do Falando de Rock
Por Murilo Tinoco, do Falando de Rock
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