
Em entrevista ao Metal Wani, Tobias Forge, o vocalista por trás do Papa Emeritus do Ghost, revelou que a banda sueca passará grande parte de 2017 gravando o seu novo disco, que deverá ter um direcionamento mais sombrio. O álbum começará a ser gravado em agosto, logo após o final da atual turnê dos mascarados.
Sobre o novo disco, Papa revelou: “As ideias para o novo disco apontam um direcionamento mais sombrio, porque estamos indo por um caminho e uma temática diferentes. É uma pegada mais soturna. Meliora supostamente refletia uma espécie de utopia/distopia sobre a sociedade moderna, enquanto este novo disco será um pouco mais apocalíptico, com um retorno aos tempos medievais - o que, obviamente, é algo associado à escuridão. No metal e e no metal extremo você tem uma miríade de discos que exploram temas relacionados à Idade Média, mas a ideia para este novo álbum é combinar as coisas. Então, onde a maioria desses discos explora liricamente a morte e assuntos relacionados à ela, o nosso foco será na sobrevivência. Trabalhar constantemente com esses temas contrastantes será a diferença. Se você encontra um álbum de metal que é sobre a peste negra e a morte, você ouvirá apenas sobre a morte - tudo fica muito no preto e só nele. Considero que uma das minhas forças motrizes para escrever um disco com um tema sobre esse é justamente o oposto: a sobrevivência. Será um disco sombrio. Será mais pesado que os últimos? Não sei ainda. Mas sempre temos melodias e canções que não são tão pesadas. Do meu ponto de vista, vendo tudo do lugar onde estou e sabendo o que vem por aí, posso dizer que vai ter esses dois aspectos da nossa sonoridade. Será um disco pesado, com muitos elementos de metal, e também teremos canções mais lentas e leves”.
Sobre o crescente rumor de que todos os músicos do Ghost serão demitidos após a atual turnê, restando apenas o vocalista, Tobias “Papa Emeritus” Forge afirmou: “De um ponto de vista prático, você está interessado, por um lado, em preservar a sua sonoridade e os elementos que compõe o seu som. E, obviamente, quer progredir dentro desse universo. Eu acho que um dos segredos por trás de nossa musicalidade é não ter que manter, necessariamente, sempre as mesmas seis pessoas, o que ajuda. É sempre uma benção e uma maldição quando você tem essas bandas clássicas ao longo da história do rock, onde é preciso que os quatro indivíduos originais estejam reunidos para que o som soe exatamente como precisa - se um não está presente, as coisas acabam não saindo como deveriam. Felizmente, nós não temos esse problema. Porque a performance do Ghost em cima de um palco e a gravação dos discos do Ghost em estúdio nunca foram realmente a mesma coisa. Para que possamos preservar o nosso som não precisamos necessariamente da presença de um ou outro músico. Não precisamos confiar em alguém específico, as pessoas vêm e vão. E isso é bom. No Queens of the Stone Age é a mesma coisa: tudo gira em torno de Josh Homme, então tudo soa como Queens of the Stone Age, independentemente de quem esteja na banda naquela momento. Acho que a nossa situação é semelhante”.
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