Lançado originalmente em 2013, Keep It Hellish é o terceiro (e mais recente) disco da banda paulista Hellish War. Natural de Campinas, o quinteto formado por Bil Martins (vocal), Vulcano (guitarra), Daniel Job (guitarra), JR (baixo) e Daniel Person (bateria) é um dos principais representantes do metal tradicional made in Brazil, e este álbum mostra o porque.
Mas qual é a razão de escrever sobre um CD lançado há quatro anos, alguns podem perguntar. Em primeiro lugar, boa música não tem idade. E em segundo, a gravadora me enviou este CD recentemente, então gostaria de compartilhar as minhas impressões com vocês.
Um ponto que chama a atenção de saída é a excelente produção, que faz com que Keep It Hellish possua uma sonoridade alinhada ao que nomes como HammerFall e Accept, por exemplo, fizeram em seus melhores momentos. Em termos de estilo, trata-se de um metal tradicional com pitadas de power e até mesmo de hard rock, o que constrói, além da musicalidade cativante e repleta de melodia, uma onipresente energia. A performance da banda, tecnicamente afiada, torna tudo ainda mais forte e eficiente, passando aquela agradável sensação de estarmos ouvindo uma espécie de ‘greatest hits’ e não um disco de linha. E tudo fica ainda melhor encaixado com dois ingredientes entregues à perfeição: os coros vocais e as harmonias de guitarra.
São dez faixas, todas cantadas em inglês, e que solidificaram a já excelente impressão que eu tinha sobre a banda - conheci o trabalho dos caras lá em 2008, com o seu segundo disco, Heroes of Tomorrow.
Se você curte, por exemplo, o que o HammerFall fez em seus dois primeiros discos - Glory to the Brave (1997) e Legacy of Kings (1998) -, encontrará em Keep It Hellish uma evolução natural do trabalho dos suecos, acrescida, evidentemente, do toque pessoal do Hellish War.
Metal tradicional de altíssima quilate!
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