Review: Weakless Machine - Manipulation (2017)


Quando você coloca pra rodar um CD de uma banda que nunca ouviu falar e ele te surpreende positivamente, a sensação é incrível. Sério, é gratificante quando seus ouvidos descobrem algo novo e com qualidade intrínseca. E foi esse sentimento que tive ao dar play em Manipulation, primeiro álbum do trio gaúcho Weakless Machine.

A banda foi formada em Porto Alegre em 2015 e acaba de lançar o seu primeiro disco. O CD foi produzido por Renato Osório, guitarrista do Hibria, e traz nove faixas próprias. Jonathan Carletti (vocal), Fernando Cezar (guitarra) e Gustavo Razia (baixo) contaram com a participação de Luke Santos na bateria neste primeiro álbum.

Mas o que sai das caixas de som? Um thrash metal repleto de groove, com algumas influências de NWOBHM nos solos, muito peso e inspiração. Fica clara a influência de nomes como Machine Head, Chimaira, DevilDriver e outros nomes da escola norte-americana dos anos 1990 e 2000 na sonoridade do Weakless Machine. E isso quer dizer que os gaúchos executam um thrash moderno e atual, sem nada de retrô em seu som.

Competente pra caramba e repleto de boas músicas, Manipulation é um disco que merece chegar a mais ouvidos. O trabalho do Weakless Machine é legal pra caramba e todo fã de metal deveria ouvir - sério! Destaque para o vocal de Jonathan, agradável e agressivo ao mesmo tempo. As guitarras de Fernando cospem riffs que incitam o bate cabeça, enquanto nos solos, como já dito, trazem muita melodia e uma certa influência do metal britânico do início dos anos 1980. E a cozinha é groove o tempo todo, com blast beats ocasionais, bumbo duplo e ritmo pulsante.

Manipulation é um grande disco. Não há outra conclusão possível após o final da audição. Com uma sonoridade cativante, timbres atuais e uma produção exemplar, é sem dúvida um dos grandes álbuns de metal lançados por uma banda brasileira em 2017. Ouça já!

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