Aos 61 anos, Joe Satriani chega ao seu décimo-sexto álbum. What Happens Next foi lançado dia 12 de janeiro pela Sony Music e tem produção de Mike Fraser (AC/DC, Blackberry Smoke, The Cult). Um dos grandes atrativos do disco é que ao lado de Satriani estão Glenn Hughes e Chad Smith, este último companheiro de banda no Chickenfoot, com a dupla dando um brilho todo especial ao trabalho. E até vale um pensamento: Hughes está com 66 anos e Smith com 56, comprovando que a longa estrada fez bem para ambos.
What Happens Next é o sucessor de Shockwave Supernova (2015) e possui uma sonoridade bastante orgânica e agressiva. A força do trio Satriani-Hughes-Smith pulsa por todo o disco, que trilha predominantemente o caminho do rock mas dá umas pisadas fora da curva em alguns momentos.
Satriani é um monstro na guitarra, um dos grandes responsáveis por tornar o rock instrumental viável comercialmente. Afinal, dois de seus discos - Surfing with the Alien (1987) e The Extremist (1992) - estão entre os grandes best sellers da música instrumental de todos os tempos e o restante de sua discografia jamais deixou de se destacar em vendas. A presença de Glenn e Chad dá contornos ainda mais fortes para a musicalidade de Joe, fazendo as composições do guitarrista alcançarem um nível altíssimo. É um power trio com ênfase no power, além, é claro, na exuberância técnica e no brilho individual, já que todos os músicos dominam seus instrumentos como poucos.
É possível detectar também em What Happens Next algumas homenagens de Joe Satriani para outros ícones das seis cordas, com o músico explorando caminhos sonoros associados de maneira marcante a outros guitarristas. É o caso de “Smooth Soul”, por exemplo, onde Santana é trazido à tona sem timidez. Já em “Headrush" temos a velocidade de Alvin Lee baixando em Satriani, enquanto o encerramento com a linda “Forever and Ever” é um arrepiante tributo a Jimi Hendrix.
O funk presente no DNA de Glenn Hughes e Chad Smith dá as caras no groove de “Catbot”, enquanto o baterista solta a mão sem medo na segunda metade de “Cherry Blossoms”, mostrando que seu repertório vai muito além daquele apresentado no Red Hot Chili Peppers. Já Hughes deixa claro mais uma vez o grande baixista que sempre foi com performances de cair o queixo em canções como “Looper" e “Super Funky Badass”. E, aliado a tudo isso, ainda há a presença de uma pequena pérola pop como “Righteous”, cuja melodia agradável acompanha o ouvinte pelo restante do dia.
Espero que venham ao Brasil!!!!!
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