Topando com Bruce Springsteen em uma banca de revistas


Collection: 1973-2012 é uma das oito compilações lançadas por Bruce Springsteen em toda a sua carreira. Cronologicamente, trata-se da sétima coletânea do The Boss. Antes dela tivemos Greatest Hits (1995), o box com 4 CDs Tracks (1998), 18 Tracks (1999), o CD triplo The Essential Bruce Springsteen (2003), Greatest Hits (2009) e o CD duplo The Promise (2010). E mais recentemente ainda saiu Chapter and Verse (2016), acompanhando a sua autobiografia.

A compilação traz 18 canções que repassam a discografia de Springsteen até 2012, iniciando com “Rosalita (Come Out Tonight)”, música de seu segundo disco - The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle (1973) - e indo até “Wrecking Ball”, música que dá título ao álbum lançado em 2012. Para quem não conhece a obra de Springsteen trata-se de uma excelente porta de entrada, já que vem com alguns de seus principais hits e conta também com músicas meio lado B. Entre os principais hits de Bruce, talvez a grande ausência seja “The River”.

O disco saiu no Brasil em uma versão digipak com direito a um grande encarte com as letras e informações sobre as músicas. Não sei se está ainda em catálogo, mas a minha edição encontrei em uma banca de revistas que também comercializa CDs aqui em Florianópolis, e acabou saindo por um valor baixíssimo. Ele chega para fazer companhia ao meu acervo de Springsteen, que já conta com os álbuns Darkness on the Edge of Town (1978), We Shall Overcome: The Seeger Sessions (2006), Magic (2007), Working on a Dream (2009), Wrecking Ball (2012) e High Hopes (2014), além da coletânea tripla The Essential Bruce Springsteen (2003). Uma curiosidade: conversando com a proprietária, acabei descobrindo que trata-se da primeira banca de jornais de Floripa e funciona há 110 anos, sendo que a simpática senhora é a responsável por ela há 44 anos. Aos curiosos, está localizada na Praça XV, a popular Praça da Figueira, em frente ao ponto de táxi.

Sempre achei que a obra de Bruce Springsteen é pouco conhecida do público brasileiro. Além de Born in the U.S.A. (1984), seu multiplatinado sétimo álbum que foi sucesso em todo o mundo e teve a sua letra interpretada de maneira errada pela maioria dos ouvintes aqui no Brasil - ela não traz um discurso ufanista e nacionalista, como muitos pensam, mas sim uma crítica à política intervencionista do governo norte-americano -, pouco se ouviu do catálogo de Bruce por aqui. É claro que a barreira da língua é determinante nesse caso, principalmente por Springsteen ser um compositor que aborda de maneira frequente em suas letras os problemas do cotidiano da sociedade americana. No entanto, um cara que possui mais de 45 anos de carreira, lançou 18 álbuns e vendeu mais de 65 milhões de discos só nos Estados Unidos, além de fazer shows antológicos, merecia ser mais reconhecido por todos que gostam de música.

Quem sabe você também não esbarra com um disquinho simpático de Bruce pelo caminho e aproveita para dar os primeiros passos na obra desse músico incrível. Posso afirmar que a satisfação será garantida.


Comentários

  1. Adoro Bruce xará, desde 85, com mais ênfase pra hj em dia, já mais maduro pra entender as letras e o som dele. Tenho quase tudo dele. Fiz uns 14 POST do Boss, inclusive sobre o show do rock in Rio. Olha aqui os posts q ele apareceu, depois se puder dá uma conferida: https://umcadinhodesongs.blogspot.com/search/label/bruce%20springsteen?m=0

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