O que eu ouvi em janeiro


Janeiro, início do ano, começo de uma nova jornada. Hora de refletir, pensar sobre a vida, tal e coisa e coisa e tal. Nesse clima, decidi escrever sobre todos os discos que ouvir e todos os quadrinhos que ler durante o ano, postando textos a respeito de cada uma dessas experiências em minhas redes sociais.

Aqui estão os álbuns que fizeram a minha trilha sonora neste primeiro mês de 2019. No total foram 24 CDs diferentes, indo do pop ao metal, passando pelo rock, blues e o que mais aparecesse pela frente.

Janeiro foi rico em sons. Espero que vocês curtam essa experiência!


Um dos mais bem sucedidos discos da história do rap, The Miseducation of Lauryn Hill chegou às lojas em 25 de agosto de 1998. O primeiro álbum solo da vocalista dos Fugees, e que foi revelada ao mundo no filme Mudança de Hábito (1992), traz uma eficaz união entre hip-hop e pop, amarrada por melodias cativantes e pela linda voz de sua protagonista. Não à toa, o disco chegou na primeira posição do Billboard 200, venceu 5 Grammys e vendeu mais de 10 milhões de cópias. Uma pena que, devido ao gênio difícil e ao ego turbinado de Lauryn, a artista nunca mais conseguiu alcançar o mesmo nível artístico e o grande sucesso de vendas. Passados mais de 20 anos de seu lançamento, The Miseducation of Lauryn Hill segue um trabalho primoroso, uma referência em produção sonora e uma bela coleção de faixas.


Terceiro disco do Faith No More, The Real Thing foi o responsável por apresentar a banda ao público mundial e completou 28 anos em 2018. Quando chegou às lojas, em agosto de 1990, as comparações com o Red Hot Chili Peppers (em um período pré-Blood Sugar Sex Magik e ainda sem o status de mega banda) foram inúmeras, inclusive com Anthony Kiedis acusando Mike Patton de "imitar" seu estilo. Nunca fui muito fã do FNM, porém ouvindo este álbum hoje fica claro o quanto a banda ainda soa contemporânea e sem um pingo de nada que possa ser definido como datado em sua música. Um discaço, com todo a poder que essa palavra possui.


San-Ho-Zay, o disco pelo qual conheci o Blues Etílicos. Terceiro álbum da banda carioca, foi lançado em 1990. Blues incríveis, performance instrumental irretocável e canções clássicas. Um dos melhores discos já gravados por uma banda brasileira.


Por uma série de razões, o Coldplay se tornou uma banda estigmatizada com o passar dos anos. E muito disso, é claro, veio da postura do próprio grupo. Independente disso, os dois primeiros álbuns dos ingleses são sensacionais, principalmente este segundo. Lançado em 2002, A Rush of Blood to The Head se enquadra naquela categoria: você só precisa ter um álbum do Coldplay na sua coleção, e é esse. Suas onze faixas trazem um trabalho de composição primoroso, que bebe generosos goles na rica tradição do rock inglês e vem com influências claras de gigantes como Beatles. E tudo isso amarrado com doses enormes de sentimento e um coeficiente de "arrepiamento" elevadíssimo. O "álbum branco" do Coldplay é um dos melhores discos dos anos 2000 e um dos meus CDs favoritos.


Lançado em 10 de julho de 2000, o disco de estreia do Coldplay surpreendeu por apresentar uma banda extremamente madura no domínio das melodias e na construção das composições. O resultado é que Parachutes conduz o ouvinte através de uma coleção de faixas predominantemente contemplativas, causando uma sensação de paz e desaceleração durante a sua audição. Passados quase vinte anos de seu lançamento, o "black album" deste quarteto inglês ainda é, para muitos, o seu melhor trabalho.


Lançado em 1990, Passion and Warfare é o segundo álbum solo do guitarrista Steve Vai. E, ao lado de Surfing With the Alien, de Joe Satriani, foi o responsável direto pela popularização do culto aos guitarristas virtuosos presenciado naquela época. Mesmo não sendo tão pop quando o disco de Satriani, traz em seu tracklist a linda "For the Love of God", canção mais conhecida de Vai e um dos clássicos do rock instrumental. Envelheceu bem e ainda garante uma bela audição.


Lançada em 1 de novembro de 1994, Big Ones é uma compilação que cobre o segundo período da carreira do Aerosmith, após o bem recebido retorno da banda na segunda metade dos anos 1980. Aqui temos 12 hits vindos dos multi platinados discos Permanent Vacation (1987), Pump (1989) e Get a Grip (1993), além de duas músicas inéditas - "Blind Man" e "Walk on Water" - e "Deuces are Wild", da trilha do filme de Beavis e Butt-Head lançado em 1993. Apesar de ter conhecido o Aerosmith pela sua fase dos anos 1970, prefiro a segunda etapa da carreira do quinteto norte-americano. Acho que as canções dessa época excelentes, além de terem colocado a banda em um nível de popularidade e grandiosidade que eles nunca tiveram nos anos 1970. Essa coletânea é uma ótima porta de entrada para conhecer uma das maiores lendas da história do rock.


Formado no Rio de Janeiro em 1985, o Blues Etílicos é o maior nome e a maior referência do blues brasileiro. E, convenhamos, merecia um reconhecimento maior, já que sua carreira é repleta de discos incríveis. Esta compilação foi lançada em 1998 pela Gravadora Eldorado e traz faixas dos seis primeiros álbuns do grupo. Estão aqui clássicos como "O Louco da Cidade", "Crossroads", "My Babe She Said She's Gonna Leave Me", "No Way" e diversos outros, todos com a primazia instrumental e técnica características da banda. Os destaques vão para a gaita de Flávio Guimarães, um dos maiores nomes do instrumento em todo o mundo, e para os vocais cheios de malandragem de Greg Wilson, além da guitarra do ótimo Otávio Rocha. Infelizmente, este disco está fora de catálogo. Mas em relação ao Blues Etílicos, a dica é sempre a mesma: se encontrar um título dos caras pelo caminho, leve pra casa sem medo! 



Rattle and Hum foi lançado em 10 de outubro de 1988 e é o sexto álbum do U2. O disco, na verdade, é uma mescla de canções inéditas, faixas ao vivo e releituras, e também a trilha sonora do documentário lançado no mesmo ano e dirigido por Phil Joanou. De modo geral, dá para classificar Rattle and Hum como o mergulho definitivo do U2 na música norte-americana, uma jornada profunda na rica tradição sonora dos Estados Unidos e que é traduzida em rocks, blues, gospel, countrys, referências e participações especiais. O trabalho também serve de ligação entre a primeira fase da carreira da banda, quando atingiram o estrelado nos anos 1980 com álbuns como The Unforgettable Fire (1984) e The Joshua Tree (1987), e a reinvenção que o som do quarteto sofreu na década de 1990 a partir do clássico Achtung Baby (1991). Além de ser um dos grandes álbuns duplos da história do rock, Rattle and Hum fecha com chave de ouro uma das mais produtivas fases da banda irlandesa. Um dos meus discos preferidos, com certeza!


O Aerosmith lançou cinco álbuns ao vivo durante a sua carreira: Live! Bootleg (1978), Classics Live! (1986), Classics Live! II (1987), A Little South of Sanity (1998) e Rockin' the Joint (2005). O melhor deles, disparado, é o de 1998. Gravado durante a tour do álbum Nine Lives (1997), A Little South of Sanity é duplo e traz 23 faixas que passam por todas as fases da carreira do grupo. O que torna esse disco tão bom é a entrega e a energia das versões, aliada à uma performance absolutamente perfeita, que alia jams instrumentais sem desconfigurar as canções. E tudo isso amarrado por interpretações vocais absolutamente arrepiantes de Steven Tyler, um dos maiores vocalistas da história. Um dos melhores álbuns ao vivo de todos os tempos, sem exagero.


Lançada em 1996, a trilha de Um Drink no Inferno é uma das melhores compilações relacionadas a um filme a que os fãs de música já foram brindados. Essencialmente, o que temos aqui é uma reunião de faixas vindas diretamente do blues texano, de nomes como ZZ Top, Jimmie Vaughan, Stevie Ray Vaughan e outros. Além disso, foi essa trilha que apresentou ao mundo a dupla mexicana Tito & Tarantula. E não dá pra deixar de falar da faixa de abertura, a ótima "Dark Night", a cargo do The Blasters. Ao lado das trilhas de Pulp Fiction e de Assassinos por Natureza, forma o trio das grandes soundtracks da década de 1990. E, não por acaso, Quentin Tarantino esteve envolvido nos três filmes.


Lançado em 2005, The Black Halo é o sétimo disco da banda norte-americana Kamelot e um exemplo do porque o grupo ser considerado um dos únicos nomes que trouxe algo novo para o power metal (ou metal melódico, chame como quiser) nos últimos anos. A música do quinteto é dramática, teatral, e alterna momentos acelerados com outros onde a velocidade é mais contida. Isso torna a dinâmica do disco bem atraente, característica que é reforçada pela onipresença de belas melodias. O principal ingrediente do Kamelot é o vocalista Roy Khan, tanto pela sua voz quanto por suas interpretações. Pena que o cantor deixou a banda em 2011. Na minha opinião, The Black Hole é um disco obrigatório pra quem gosta de power metal e quer entender a evolução do estilo.


Alguns discos mudam tudo. Esse é um deles. Lançado há exatos 50 anos, o primeiro álbum do Led Zeppelin colocou o rock em outro nível, subiu tudo de tom e marcou o início da trajetória de uma das maiores e melhores bandas de todos os tempos (na minha opinião, a maior e melhor de todas). Dos riffs antológicos de "Good Times Bad Times" e "Communication Breakdown", passando pelo lirismo explosivo de "Babe I'm Gonna Leave You", pela sensibilidade pura de "Black Mountain Side" ou pela beleza agreste de "Your Time is Gonna Come", nada mais foi o mesmo. E ainda nem falei da explosão sem precedentes de "Dazed and Confused" e "How Many More Times", além do nascimento do hard blues na releitura de "I Can't Quit You Baby" e "You Shook Me”. Jimmy Page montou o Led Zeppelin com três outros gênios. E todos viveram o auge dos seus poderes nos pouco mais de 10 anos em que a banda existiu. O próprio guitarrista era único, seja pela sua genialidade nas seis cordas, pela criatividade como compositor e pela inovação técnica como produtor. Led Zeppelin I tem meio século de idade e não soa datado em nenhum momento. Robert Plant colocou a posição de vocalista de rock em outro nível. Antes dele, apenas Roger Daltrey havia feito algo parecido. E após, poucos chegaram perto. John Paul Jones era o porto seguro. O baixista inventivo, o arranjador brilhante, o instrumentista poliglota capaz de tocar qualquer coisa. E John Bonham era uma força da natureza. O mais explosivo baterista do rock. E também dono de uma técnica sem igual. Esse, ninguém jamais conseguiu substituir. Cinquenta anos. Um disco incrível. O início de uma história única. O Led Zeppelin mudou o rock. E o começo de tudo está aqui.


Este disco foi lançado em 1998 e traz gravações ao vivo realizadas nos anos de ouro do Journey, entre 1981 e 1983. No Brasil, a mais recente edição teve o seu título alterado para Mega Hits (o original é Greatest Hits Live) para se adequar a uma coleção homônima da Sony Music. Ao todo temos 17 faixas que cobrem o período entre os álbuns Infinity (1978) e Frontiers (1983). Estão aqui clássicos como "Don't Stop Believin'", "Separate Ways", "Lovin', Touchin', Squeezin'", "Faithfully" e "Wheel in The Sky". A performance da banda é excelente, com todos músicos voando, especialmente Steve Perry, que está cantando de maneira incrível. Belo trabalho ao vivo de um dos maiores nomes do rock dos anos 1980.


Uma das melhores estreias dos anos 2000, o primeiro disco de Joss Stone revelou uma das mais belas vozes da década. Lançado quando a cantora inglesa tinha apenas 16 anos, The Soul Sessions traz 10 músicas, incluindo as versões para "Fell in Love with a Boy", dos White Stripes, e "Some Kind of Wonderful", gravada pelo Grand Funk Railroad em 1974. Outros destaques são lindas e deliciosas canções como "The Chokin' Kind", "Super Duper Love (Are You Diggin' on Me?) Pt. 1" e "Victim of a Foolish Heart". Unindo o soul ao pop, Joss deixou claro desde o início o seu enorme talento, que iria se desenvolver ainda mais nos discos seguintes.


Conheci o R.E.M. através deste disco, em 1988. O LP foi lançado aqui no Brasil e lembro de comprá-lo em Espumoso, diretamente do representante da gravadora. Ele chegava com uma Fiorino carregada de caixas de discos, e como eu comprava bastante coisa nessa época, já ia direto na fonte e escolhia o que queria. Este é o sexto álbum da banda norte-americana, o último antes do estouro mundial com Out of Time (1991). E é o meu preferido. Estão aqui as minhas duas músicas preferidas do R.E.M.: "World Leader Pretend" e "Orange Crush". Além dessas duas, o disco é muito legal e soa bem até hoje. Se você nunca se aprofundou no R.E.M., Green é uma obra-prima.


Responsável direto pela inserção e consequente popularização de elementos latinos no rock, o primeiro disco do guitarrista Carlos Santana foi lançado em 30 de agosto de 1969 e é um clássico do rock na melhor acepção da palavra. Temos aqui nove faixas, a maioria nascidas de longas jams instrumentais e que mostram o grande poderia técnico e criativo dos músicos. No meio disso, um delicioso single na forma de "Evil Ways", até hoje uma das mais reconhecíveis canções do guitarrista. E, é claro, "Soul Sacrifice", eternizada pela antológica versão tocada no Festival de Woodstock. Prestes a completar 50 anos, Santana - o disco - segue mágico, transcendental e inebriante.


Na música, salvo raras exceções, a expressão matemática que afirma "a ordem dos fatores não altera a soma" também é aplicada. E quando esses ingredientes são Albert Collins, Robert Cray e Johnny Copeland, a certeza de um resultado primoroso jamais cai por terra. Showdown! foi lançado em 1985 e reuniu os três guitarristas norte-americanos em um disco que é uma celebração a duas das maiores paixões da humanidade (ok, pelo menos da parcela que a ama a música, como a gente): o blues e a guitarra. Suas músicas alternam o trio nos vocais e nos solos, e trazem tanto sentimentos à flor da pele quanto solos que arrepiam toda a pele. Não à toa, Showdown! venceu o Grammy de Melhor Álbum de Blues em 1986. Ouça e deixe que ele conquiste também o seu coração.


Este CD acabou de ser lançado no Brasil pela Hellion Records. The Big Bad Blues é o segundo álbum solo de Billy Gibbons, vocalista e guitarrista do ZZ Top. E, como o título indica, não é assim tão diferente de sua banda principal. Acompanhado por um ótimo time de músicos (destaque para Matt Sorum, ex-baterista do Guns, Velvet Revolver e The Cult), Gibbons apresenta canções originais repletas de groove e que pisam com os dois pés no blues, tudo de maneira leve e extremamente divertida. Um disco surpreendente, muito bom mesmo, e que ganhou uma edição nacional após a gravadora do ZZ Top aqui no Brasil fingir que ele não existia. Apenas compre, você irá curtir!


Eu sei que a mídia física caiu em desuso. Você também sabe. Ninguém mais compra CDs. Porém, esses objetos tem valor. Principalmente para quem cresceu tendo a música como uma experiência não apenas auditiva, mas também para todos os sentidos. Recebi este CD ontem. A Hellion está lançando aqui no Brasil e me enviou um pacote com várias das suas novidades. Este é o primeiro disco do Blackberry Smoke a ganhar edição nacional. Pra quem não sabe, os caras são o maior nome do southern rock atual. Sim, aquele gênero que deu ao mundo lendas como o Lynyrd Skynyrd e a Allman Brothers Band. Pode ser que eu esteja velho. É bem provável que a minha maneira de me relacionar com a música esteja fora de moda. Mas é bom demais abrir um disquinho, sentir o cheiro do encarte, ver quem faz o que em cada música e acompanhar as letras pelo encarte. A música é mais que somente canções. É sentimento. Sensações. Memórias. Sonhos. Desejos. E muito mais. Se você pensa diferente, ok. Mas talvez esteja faltando um pedaço aí nessa sua relação e você nem tenha percebido isso ainda.


Lançado em setembro de 1970, Abraxas é o segundo e também o melhor disco da carreira do guitarrista mexicano Carlos Santana. Dando um passo além em relação ao álbum de estreia, dominado por jams instrumentais, Santana afinou a parceria com o tecladista Gregg Rolie e condensou a exuberância instrumental e o cativante ritmo latino em canções mais diretas, como as versões para "Black Magic Woman" e "Oye Como Va". Além disso, arrancou lágrimas com a linda "Samba Pa Ti" e elevou o nível de tudo com a incrível 
"Hope You're Feeling Better", que é a minha música preferida de toda a sua carreira. Sabe clássico? Pois é, esse disco realmente é um.


Não sei se o Cidadão Quem é conhecido no restante do Brasil. Mas aqui embaixo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a banda tocou muito e tem vários hits. O responsável por isso foi este disco. Gravado ao vivo no lendário Theatro São Pedro, em Porto Alegre, em 2004, o álbum saiu em 2005. E vendeu muito. Muito mesmo. E tocou sem parar. Literalmente. O vocalista e guitarrista Duca Leindecker é a figura principal da banda. Ele compõe tudo. E suas músicas vem com letras que trazem histórias e sentimentos simples, que remetem à memória de quem ouve e causam uma identificação profunda. Tudo amparado, é claro, por um dom inato para confeccionar belas e grudentas melodias. O disco traz ainda a participação de Humberto Gessinger em "Terra de Gigantes", uma das mais marcantes criações do Engenheiros do Hawaii. A parceria deu tão certo que, pouco depois, a dupla uniu forças no projeto Pouca Vogal. Mas isso é assunto para outro dia. Hoje, a recomendação é um dos mais belos CDs gravados por uma banda brasileira na década de 2000. Sem pieguices, sem exageros: apenas música que toca o coração.


Sétimo disco do Mignight Oil, Blue Sky Mining foi lançado em fevereiro de 1990 e é o sucessor de Diesel and Dust (1987), álbum que transformou os australianos em estrelas de alcance global. Está aqui "Blue Sky Mine", sucesso mundial e uma das mais conhecidas canções do grupo. Destaque tambem para "Stars of Warburton", "King of the Mountain" e a linda "River Runs Red”. Uma das grandes bandas dos anos 1980 e 1990, e que sempre garanta uma ótima audição.


Phil Collins é um monstro da música. Com o Genesis, foi baterista, encarou o desafio de substituir Peter Gabriel e vendeu mais de 100 milhões de discos. Aí, resolveu virar artista solo. A partir de 1981, gravou 8 álbuns. E vendeu mais de 150 milhões de discos em todo o planeta. Esta é a primeira coletânea de sua carreira e saiu em 1998. Ela vem com 16 músicas, sendo que 7 delas chegaram ao primeiro lugar na Billboard. É o soft pop característico de Phil, volta e meia interrompido por explosões deliciosas como "Easy Lover", gravada ao lado do vocalista do Earth Wind & Fire, Philip Bailey. Há alguns anos atrás, jamais teria um disco como esse. Mas a vida anda, os dias passam e a gente muda. Tenho ouvido mais e mais artistas nessa linha, principalmente soft rock, intercalado com as pancadarias metálicas habituais. Não sei o motivo, só sei que é bom. Se você quer conhecer a carreira solo de Phil Collins, este CD é uma ótima porta de entrada.

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