O que eu li em fevereiro


Foram 14 HQs lidas durante o mês de fevereiro, praticamente apenas títulos da Marvel e da DC e com uma predominância de quadrinhos que contam com mulheres como protagonistas.

Abaixo estão pequenos textos sobre cada uma dessas leituras, e também os links para compra de cada uma delas na Amazon (as que estão disponíveis por lá, é claro).

E você, o que leu durante este mês?


O terceiro encadernado do Aquaman de Geoff Johns (agora sem a parceria de Ivan Reis, substituído por Paul Pelletier) vai ao passado de Atlântida para revelar a história do continente submerso e, por consequência, do próprio Arthur Curry. O ritmo segue frenético, como um grande filme de ação repleto de ganchos, e a arte, apesar da saída de Reis, mantém um ótimo nível pelas mãos de Pelletier. Uma leitura bem legal e que, ao lado dos dois volumes anteriores, reposiciona o Aquaman no Universo DC, enterrando visões cômicas e equivocadas apresentadas anteriormente.

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Os X-Men sempre foram os meus personagens favoritos da Marvel. E, entre eles, Jean Grey sempre foi dona do número 1. Aqui neste encadernado acompanhamos a jovem Jean Grey, que veio do passado, lidando com a iminente chegada da entidade Fênix em sua vida. Apavorada, a garota procura ajuda tanto em seus amigos mutantes como em outros personagens, como Thor e o Doutor Estranho. A história possui um humor pontual enquanto revela, aos poucos, o que realmente está acontecendo. É uma leitura leve e divertida, indicada sobretudo para quem é fã e está habituado com o universo dos X-Men, com referências a histórias e momentos do passado em profusão. Não vai a mudar a vida de ninguém. Mas, na boa: é só uma história em quadrinhos, e HQs realmente não precisam fazer isso.


Lançada no início dos anos 2000, a linha Ultimate Marvel veio com o objetivo de reapresentar os personagens clássicos da editora para uma nova geração de leitores. Foi dessa iniciativa que nasceram o novo Homem-Aranha Miles Morales e os celebrados Supremos. Em relação aos X-Men, temos Mark Millar apresentando uma nova interpretação para os mutantes em um trabalho anterior ao que ele faria em Supremos. Esse encadernado é, como todo roteiro de Millar, carregado de ação, e vem também com doses emblemáticas de violência. As novas encarnações dos personagens são competentes, principalmente a de Jean Grey. Uma leitura prazerosa, com certeza. Só não lembro se mais encadernados dessa fase saíram por aqui. Alguém sabe responder?


Escrita por Jeph Loeb e desenhada por Tim Sale, As Quatro Estações é um poema em forma de história em quadrinhos. O texto é lúdico e extremamente bonito, utilizando as estações do ano como metáfora para as fases da vida do Superman. É uma história muito mais focada em Clark Kent, no que ele representa, do que em seu alter ego super poderoso. Uma HQ linda e à altura do maior super-herói de todos os tempos.

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Scott Snyder possui um problema. O roteirista norte-americano não consegue escrever uma história simples. É incapaz de fazer isso. Sua fase no Batman estava legal. A Noite das Corujas e A Corte das Corujas foram um bom início. Ano Zero é ambiciosa, mas possui mais acertos do que erros. Mas esse Fim de Jogo é difícil. Um emaranhado de ação costurado por um texto pretensioso que tem como objetivo contar uma história grandiosa e digna dos melhores momentos do Batman, mas se perde totalmente no caminho. É confusa, sem sentido. O que salva é a arte de Greg Capullo, sempre incrível, e a encarnação do Coringa, que surge totalmente psicopata e amedrontador. Mas o saldo final é uma história que não vale a pena e não acrescenta nada digno de nota à mitologia do Homem-Morcego.

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Publicada em 2015 pela Marvel, a saga Guerras Secretas deu um fim belíssimo para a trajetória da família Richards na editora. Reed, Sue, Franklin e Valeria foram homenageados com uma das mais belas conclusões que um roteirista poderia imaginar, méritos do escritor Jonathan Hickman. Mas Ben Grimm e Johnny Storm seguem nesse mundo, e não aceitam que seus parceiros de décadas simplesmente não existam mais. Essa é a história contada aqui. A Marvel finalmente deixou de ser guiada apenas pelo que acontece nos cinemas (os filmes são muito legais, mas são outro universo. Os quadrinhos sempre serão a alma da editora), olhou para a sua trajetória e colocou novamente o Quarteto Fantástico em um lugar de destaque. O Coisa e o Tocha Humana exploram o multiverso em busca de seus amigos em uma HQ que traz aventura e doses certeiras de emoção. Uma ótima leitura, recomendada pra todo mundo que tem a Marvel como parte importante de sua vida.


O conceito dessa HQ é bem legal. Animais treinados pela Força Aérea norte-americana cumprem suas missões e são dispensados pelo governo. Bioprojetados, todos possuem aprimoramentos e carregam armamentos pesados. Um cão, um gato e um coelho, todos com personalidades próprias. A partir daí, é sangue aos montes, ação constante e um dos mais belos trabalhos do desenhista Frank Quitely. Além do traço habitual, que já é de cair o queixo, Quitely, com a ajuda de Morrison, faz experimentos na narrativa gráfica, criando páginas e sequências que você nunca viu e provavelmente jamais verá em qualquer outra HQ. Falaram pouco desse quadrinho por aí. Pelo que entrega, deveria ser muito mais recomendado e chegar a um número muito maior de pessoas. Se encontrar pela frente, pegue na hora!

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Quando o roteirista Jason Aaron criou a Thor, muita gente chiou. Sem razão, claro. A trajetória da outrora médica Jane Foster no papel da Deusa do Trovão é um dos grandes momentos da Marvel em décadas. E que desde o início nasceu com começo, meio e fim já determinados. Jane tem câncer, e, ao empunhar o martelo e se tornar Thor, todo o tratamento que faz contra a doença se desfaz. Ou seja: ser Thor a mata lentamente. Mas a personagem é tão bem escrita, tão inspiradora e conta uma história tão épica que não há como desgrudar das páginas. Aaron sabe escrever sobre os deuses asgardianos como ninguém, e a arte de Russell Dauterman complementa esse trabalho de maneira incrível. Há detalhes deliciosos aqui, como a passagem em que o Thor do futuro recria a Terra concebendo seus próprios Adão e Eva e batizando-os com o nome dos humanos que mais admirou em toda a sua vida: Steve e Jane. Essa história é de arrepiar!

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Nesta edição, Matt Murdock se torna prefeito de Nova York após o titular, Wilson Fisk, ficar gravemente ferido em um atentado cometido pelo Tentáculo. Para tirar NY das mãos da instituição criminosa, Matt convoca os super-heróis, que estavam sendo cassados pelo Rei do Crime, e monta uma força tarefa para retomar o controle. De todos os volumes do Demolidor escritos pelo roteirista Charles Soule, esse certamente é o mais fraco. Mas mesmo assim, dá pra se divertir com a leitura.


Injustiça é baseada no jogo homônimo e traz os personagens da DC em uma realidade diferente da cronologia habitual. Aqui, após perder Lois Lane (que estava grávida) devido a um plano do Coringa, o Superman mata o palhaço psicopata e decide governar todo o planeta. Batman não concorda com a política autoritária de Clark, e os personagens da editora se dividem em dois grupos. Como é algo que se passa fora do cânone, o escritor Tom Taylor tem liberdade pra descer a mão - e ele faz isso. Muita gente morre, muita gente toma decisões chocantes. Este terceiro encadernado traz John Constantine e os personagens mágicos da DC entrando na briga. É ação do início ao fim, uma leitura divertida e que traz grandes doses de entretenimento. E os diálogos de Constantine são impagáveis. Se quer ver um Superman totalmente diferente do bom moço habitual, leia que você irá gostar.

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Red Skin conta a história de uma bela agente secreta russa que é enviada aos Estados Unidos para se tornar uma super-heroína aos olhos da mídia e impedir a ascensão de uma política fortemente ligada ao extremismo religioso e ao conservadorismo. A história é cheia de ação e possui um ritmo delicioso, enquanto que o texto critica fortemente os absurdos defendidos em nome de uma suposta ideologia baseada em Deus. As ilustrações são lindas e trazem elementos de pop art, e isso tudo fica ainda mais incrível devido ao formato gigante em que a HQ foi publicada aqui no Brasil pela Mythos Editora. Um ótimo divertimento, uma excelente leitura!

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Um dos principais méritos da dupla Brian Azzarello e Cliff Chiang em sua passagem pela Mulher-Maravilha é atualizar os mitos olimpianos, tanto lírica quanto visualmente. Pele segue a fase da dupla, com ótimo texto e ilustrações incríveis. E todo um mergulho na história grega, no passado de séculos e séculos, que serve de inspiração para uma das melhores fases da Princesa das Amazonas. Leia!

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Contexto: é isso que esse encadernado oferece. De maneira leve e bastante competente, somos apresentados à vida de Carol Danvers, a Capitã Marvel. Sempre vagando entre o presente e o passado, o roteiro serve como uma bela apresentação da personagem, cujo filme próprio estreará no início de março. A arte é legal, o texto é bem escrito e tudo funciona. Ah, e as capas são lindas. Uma parcela de fãs da Marvel tem um ranço injustificado em relação à personagem, o que é uma bobagem sem tamanho. Bem legal esse encadernado, recomendo a leitura.


Quem já perdeu alguém será especialmente afetado pela conclusão da saga da Thor. Seja pelas memórias da perda, seja pela impotência em não conseguir evitar o inevitável, seja pela saudade que faz parte do dia a dia. E até mesmo a incompreensão dos motivos que fizeram os deuses que veneramos e acreditamos em nossa fé particular permitirem vivenciarmos tamanha dor. 

A Morte de Thor é uma história sobre a vida. Sobre seguir o caminho correto. Sobre não abrir mão daquilo que acreditamos ser o certo a fazer. Sobre querer, e ser, a cada dia uma pessoa melhor. 

O roteirista Jason Aaron escreve uma conclusão extremamente emocional, repleta de momentos de arrepio puro onde as lágrimas forçam sua saída. E isso acontece porque todos nós sabemos que o destino da personagem é também o nosso. Só nos resta fazer de tudo para que nossas vidas também consigam impactar o mundo como a Thor impactou o seu.

Pra quem não lê histórias em quadrinhos, tudo que está escrito até aqui pode soar como exagero ou não fazer sentido. E há um enorme engano em pensar assim. Uma HQ tão bem escrita e desenvolvida como esta tem impacto semelhante no leitor ao que um ótimo livro produz, ao que um filme incrível faz sentir. 

Existem histórias em quadrinhos que são mais que histórias em quadrinhos. Esta é uma delas.

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Comentários

  1. Valeu Ricardo...interessante esse tipo de postagem e seu site foge do padrão midiático usual...parabéns pelo trampo

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  2. Meu querido, a Panini chegou a publicar um 2o encadernado de Ultimate X-Men com o arco "Arma X", mas nunca foi relançado.

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