Criado por Mike Mignola em 1993, Hellboy é um dos personagens mais adorados e celebrados dos quadrinhos. Escrito e desenhado por Mignola, o filho do inferno traz histórias repletas de mistério, sobrenatural e aspectos sombrios, porém sempre com toques pontuais de humor.
Apesar de
ler quadrinhos desde a minha adolescência, nunca li nada do personagem. Por
isso, a iniciativa de editora Mythos em publicar no Brasil a saga de Hellboy em
quadro omnibus (termo utilizado pela indústria de HQs para definir encadernados
com uma grande número de páginas e que compilam arcos de histórias) é perfeita
para iniciar a jornada pela saga criada por Mignola. O primeiro volume, que
possui o subtítulo Sementes da Destruição, já está disponível e traz 372 páginas,
papel couché e capa cartão, uma escolha que foge do formato de luxo
predominante no mercado brasileiro de quadrinhos e que beneficia o leitor, já
que a maleabilidade do material torna a leitura muito mais confortável
anatomicamente falando.
Hellboy Omnibus Volume 1: Sementes da Destruição traz os primeiros arcos de histórias do personagem, publicadas em 1994. Fazem parte do encadernado as sagas Sementes da Destruição, Os Lobos de Santo Agostinho, O Caixão Acorrentado, O Despertar do Demônio e Quase um Deus. Dois desses arcos são simplesmente espetaculares: Sementes da Destruição (que apresenta o personagem e seu universo para o leitor) e O Despertar do Demônio, onde Hellboy e companhia se deparam com as consequências de Sementes da Destruição e mergulhamos um pouco mais no mundo criado por Mignola. Os demais também são muito bons e apresentam histórias mais curtas e auto contidas, que mostram suas conclusões ao final das mesmas.
A arte de
Mike Mignola é uma das marcas registras de Hellboy. O traço esguio e um tanto
minimalista é vital para fazer surgir um mundo sombrio, cheio de criaturas
fantásticas e que cativa o leitor de imediato. O trabalho de cores é outro
ponto essencial na construção desse encantamento, com o uso de paletas de tons quentes que contrastam com a frieza dos tons mais escuros, fazendo com que a
experiência de leitura torna-se bastante imersiva.
Indico com carinho esse omnibus. O impacto que Hellboy teve sobre mim após esse primeiro contato é semelhante ao que senti ao mergulhar no universo de John Constantine há uns três anos atrás. É o meu tipo de história, com elementos investigativos que se equilibram com aspectos sempre sombrios, em roteiros muito bem desenvolvidos e com uma arte arrebatadora. Já deu pra sentir que Hellboy vai seguir o mesmo caminho que Constantine e também se tornar um dos meus personagens favoritos.
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