Escrever
sobre música , apesar de gerar algumas dores de cabeça (afinal, estamos
falando sobre uma arte que gera paixões fortes), também
reserva grandes benefícios e surpresas. Uma das maiores, e a que mais curto, é
ser apresentado a sons que eu não fazia ideia que existiam. É o que aconteceu
ao ouvir esse disco do Torch, lançado no Brasil pela Hellion Records.
A banda foi formada
na cidade sueca de Eskilstuna em 1979, e estreou apenas em 1983 com este álbum
autointitulado. O som é um heavy metal tradicional influenciado pela NWOBHM em
voga na época, assim como pela sonoridade clássica de nomes como o Judas
Priest. O quarteto contava com Dan Dark (vocal), Chris J. First (guitarra), Ian
Greg (baixo) e Steve Streaker (bateria), e o resultado alcançado neste primeiro
disco surpreende. Ainda que não seja um som exatamente original, isso é
compensando por composições muito bem desenvolvidas, um trabalho de guitarra
empolgante e que despeja riffs na medida para quem é fã de metal dos anos 1980
e um vocal que agrada de imediato – e que, veja só, chega a lembrar um Bruce
Dickinson mais jovem em algumas passagens.
O
relançamento da Hellion compila as 10 faixas originais e mais 5 músicas bônus
vindas do EP Fire Raiser, bem como outras 3 da primeira demo da banda.
Um excelente trabalho arqueológico realizado pelo selo paulista, que vem
trazendo tanto discos atuais quanto títulos obscuros na mesma medida, agradando
os mais variados perfis de metalheads.
Essa estreia
do Torch é uma pequena perola perdida do metal oitentista, e vale a pena
apresentá-las aos seus ouvidos.
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