Review: Bang – The Maze (2004, reedição 2019)



Após retornar com o controverso Return to Zero em 1999, o Bang soltou The Maze em 2004. E aqui, ao contrário do disco anterior, temos a banda soando como seus trabalhos iniciais, onde chegaram a ganhar a alcunha de “Black Sabbath norte-americano” devido ao peso e à semelhança com uma certa banda natural de Birmingham.

The Maze acaba de ser lançado pela primeira vez em edição nacional pelas mãos da Hellion Records e traz quinze faixas espalhadas por pouco mais de uma hora. O álbum estava fora de catálogo até no exterior, assim como o anterior, e esse resgate do grupo tem importância para repercutir não apenas entre colecionadores brasileiros, mas também de todo o mundo.

Contando com Frank Ferrara (vocal e baixo), Frank Gilcken (guitarra), Rick Bowen (teclado) e Mark Vaquer (bateria) – Ferrara e Gilcken são integrantes originais -, o Bang fez um disco na medida pra quem curte a sonoridade poeirenta do rock pesado produzido durante a década de 1970. O som é calcado em riffs de guitarra enquanto melodias e harmonias pontuam todo o trabalho, e a produção “na cara” imprime um ar de autenticidade totalmente alinhado com o rock and roll cru, pesado e direto ao ponto dos caras.

O disco traz uma nova versão para “RTZ”, do álbum anterior, aqui bem mais energética, e também releituras para “Bow to the King” (originalmente no segundo disco, Mother / Bow to the King, de 1972) e “Love Sonnet” (single gravado a época do terceiro disco da banda, Music, de 1973). E para os fãs do primeiro álbum do então trio – o cult Bang (1971) -, canções como “413” caem como uma luva. Aliás, a semelhança entre o riff dessa faixa e de “The Queen”, do debut, não é mera coincidência.

The Maze é um disco interessante e essa edição nacional da Hellion Records é histórica, pois resgata um álbum que nunca havia saído no Brasil e que está fora de catálogo no exterior há 15 anos, desde o seu lançamento.

Se você é fã de hard dos anos 1970 e coleciona itens do gênero, imperdível!

Comentários

  1. Não entendo .... por que não lançaram os discos "clássicos" dos anos 70 ?

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