
O Diamond Head deve muito da sua posição no imaginário heavy metal ao Metallica. A banda norte-americana regravou “Am I Evil?”, “Helpless”, “It’s Electric” e “The Prince” ao longo da carreira, sempre falou da influência do grupo inglês em seu som e foi fundamental para que o status de nome cult da New Wave of British Heavy Metal fosse aplicado ao Diamond Head.
Do outro lado da moeda, a banda liderada pelo guitarrista
Brian Tatler construiu uma carreira irregular, com pausas ao longo de sua
trajetória que dificultaram um crescimento que poderia ter sido maior e mais
consistente.
The Coffin Train é apenas o oitavo álbum de uma carreira
iniciada há 43 anos, em 1976. O disco é o sucessor do auto-intitulado trabalho
que saiu em 2016 e marcou o retorno dos caras com material inédito, após quase
uma década sem lançar nada. The Coffin Train traz dez faixas e acabou de ser
lançado no Brasil pela Hellion Records. Dean Ashton, baixista do quinteto desde
2016, faz a sua estréia em estúdio aqui. Completam o time o vocalista Rasmus Andersen, o guitarrista Andy Abberley e o baterista Karl Wilcox.
Aclamado pela crítica lá fora – o Consequence of Sound
apontou o trabalho como melhor do grupo desde a clássica estréia com Lightning
the Nations, de 1980 -, The Coffin Train é um disco sólido e que traz o Diamond
Head transitando entre o hard e o metal, com algumas pisadas no progressivo. O
trabalho de guitarras é o destaque, com canções predominantemente mais
cadenciadas e aquela aura NWBOHM sempre bem-vinda.
Pessoalmente, gostei de faixas como “Belly of the Beast”
(é fácil imaginar como essa ficaria em uma improvável regravação do Metallica,
por exemplo), o clima on the road de “The Messenger”, "Death by Design" e, principalmente, a ótima
“The Sleeper”, pra mim o melhor momento do álbum, com excelentes vocais e um
arranjo ascendente e épico.
Um retorno digno de uma das bandas mais cultuadas do
metal oitentista. Vale conferir.
Mais uma análise bacana. E The Sleeper é incrível! Long live Duna!
ResponderExcluir