Review: Paragon – Controlled Demolition (2019)



O negócio aqui é heavy metal. Tradicional, pesado, cheio de riifs, com algumas pitadas de thrash, influenciado pelo Accept e perfeito para quem curte um som mais ortodoxo. Resumindo: este é um CD de metal puro, simples e eficiente.

Décimo-segundo álbum da banda alemã Paragon, Controlled Demolition foi lançado em abril na Europa e acaba de chegar ao Brasil pelas mãos sempre competentes da Hellion Records. O disco vem com onze músicas espalhadas por cinquenta minutos e é uma delícia pra quem curte um som mais convencional e distante das múltiplas inovações que surgiram no metal nas últimas décadas – muitas delas ótimas, outras nem tanto, diga-se de passagem.

Apesar de manter os pés em caminho seguro, o Paragon não soa datado, muito pelo contrário. O grupo liderado pelo guitarrista Martin Christian soa atual e contemporâneo sem deixar de lado suas principais características. De modo geral o som é semelhante ao do Accept atual, há uma inegável similaridade entre os timbres dos vocalistas Andreas Babuschkin e Mark Tornillo, porém sem os flertes com a música clássica comuns à banda do guitarrista Wolf Hoffmann.

Não conhecia o Paragon e fiquei muito surpreso com este disco. Distante de mudar o mundo ou alterar o curso das coisas, a banda entrega “apenas” um ótimo álbum de metal, daqueles que caem de maneira perfeita nos ouvidos após um dia cheio. Entre as músicas, destaques para “Reborn” (que, por algum motivo, me trouxe o Nevermore à mente), “Abattoir”, a carismática “Mean Machine”, “Blackbell” e os múltiplos movimentos da longa “Deathlines”, com mais de 8 minutos de duração.

Se você é fã de metal tradicional, tá imperdível!

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