Rosalie Lightning: Memórias Gráficas é uma história em quadrinhos diferente em todos os sentidos. Escrita e desenhada pelo cartunista norte-americano Tom Hart, conta como ele e sua esposa Leela Corman, ilustradora e também cartunista, lidaram com a morte repentina da filha Rosalie, de apenas dois anos.
Eu sou pai desde 2008. Meu filho, Matias, está com 11
anos. E a paternidade, assim como a maternidade, faz com que o mundo mude, com que vejamos as coisas de uma perspectiva totalmente nova. As prioridades
passam a ser outras. E tudo, absolutamente tudo, passa a girar em torno daquela
pequena criança que chegou para mudar a nossa vida para melhor.
Você não precisa ser pai e nem mãe para se emocionar com
o que é contado em Rosalie Lightning. A HQ é, muito provavelmente, a mais
triste que eu li em toda a vida – e olha que eu já li muito quadrinho. Hart
precisa seguir em frente mesmo sem saber como, e utiliza o seu trabalho, a sua
forma de expressão, como veículo para lidar com a morte da filha. Tudo é feito
de forma crua, a dor é genuína, é bruta, vem acompanhada por uma mistura de
emoções, por perguntas não respondidas e por uma incerteza constante.
Precisei parar a leitura em diversos momentos, respirar,
dar uma caminhada, dar um tempo. Durante todo esse processo, minha relação com o
meu filho ficou na minha cabeça. Rosalie Lightning é uma experiência densa, uma
leitura difícil – principalmente se você tiver filhos – intensificado pelo traço
extremamente emotivo de Hart, que varia conforme as emoções vão variando dentro
de tudo aquilo que ele está vivendo.
Trata-se, no final, de uma história que toca fundo o
coração e tenta entender o que é a perda de um filho, como lidar com o luto,
como seguir em frente mesmo não desejando fazer mais nada.
A edição brasileira foi publicada pela editora Nemo com
tradução de Érico Assis, traz 272 páginas, capa brochura e orelhas com
informações adicionais.
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