Livro: Sobre o Som dos Setenta, de Aroldo Antonio Glomb Junior



Aroldo Antonio Glomb Junior é um guerreiro da música. Há alguns anos, o curitibano publicou de maneira independente a revista Antigas Novidades do Rock, que possuía uma linha editorial semelhante à poeira Zine, com foco nos sons produzidos durante as décadas de 1960 e 1970. A publicação durou apenas duas edições, mas a vontade de escrever sobre música não parou por aí.

Aroldo então idealizou e deu forma ao projeto Sobre o Som dos Setenta, que acaba de ser lançado. A ideia é falar sobre discos gravados durante a década de 1970, com dez fascículos – um para cada ano daquela década – trazendo vinte álbuns lançados entre 1970 e 1979. O primeiro, lançado no início de setembro, conta com duas dezenas de títulos que chegaram às lojas durante 1970, indo de nomes consagrados do rock como Led Zeppelin, Black Sabbath e Free, passando pelo jazz de Miles Davis e pelo blues de Willie Dixon, e chegando até a artistas nacionais como Roberto Carlos e Tião Carreiro & Pardinho.

Glomb escreve resenhas detalhadas sobre os discos abordados, trazendo informações e a sua percepção a respeito de cada um dos álbuns presentes no livro. Com 76 páginas, papel couché e impressão totalmente colorida, a obra conta com lombada quadrada e o formato 15x21 centímetros. O projeto gráfico foi criado pela KAKOI Comunicação e o livro foi viabilizado com o apoio da KAKOI e das lojas Nova Garagem, Let’s Rock e Obleas Originales.



Gostei muito da proposta do Aroldo e acredito que um projeto como esse, que equilibra o resgate de discos que muita gente conhece com outros não tão populares assim, é super importante para manter a música, essa arte que tanto amamos e não vivemos sem, sempre viva. Ao ler os textos é natural querer ir atrás dos discos, ouvindo-os novamente através da lente do autor. 

No entanto, a obra apresenta um problema na parte de revisão, tanto ortográfica quando em relação às informações presentes nos textos, como pequenos erros no nome dos músicos, faixas e ano de lançamento de alguns trabalhos. Esse é um aspecto que me chamou a atenção negativamente e gostaria que fosse resolvido nos nove fascículos restantes. Entendo que se trata de uma obra independente e sei das limitações que esse tipo de projeto carrega, mas acredito que é possível melhorar e tornar ainda mais forte um trabalho tão legal quanto esse realizado pelo Aroldo com uma revisão mais cuidadosa e detalhista.

Se você é fã de música, certamente vai adorar o projeto Sobre o Som dos Setenta.

O livro conta com tiragem limitada e pode ser comprado neste link:

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