Publicada desde 2012, Saga é uma das melhores séries de quadrinhos da atualidade e já possui o status de clássico contemporâneo. Motivos para isso não faltam: o roteiro de Brian K. Vaughan é muito bem construído e bebe em arquétipos consagrados ao mesmo tempo em que conversa com narrativas marcantes da literatura, cinema e televisão. Já a arte de Fiona Staples é de cair o queixo, com um dos traços mais belos e refinados que os quadrinhos já viram. Some-se a isso uma história de amor entre planetas rivais (olha o Romeu e Julieta de William Shakespeare aí), viagens pelo espaço e encontros com personagens sempre inusitados (o design dos heróis e vilões remete à imprevisibilidade de Star Wars, com elementos que unem tecnologia ao ser humano) e uma sensação onipresente de que tudo pode acontecer com todo mundo, inclusive os protagonistas (George R.R. Martin e seu sanguinário Game of Thrones mandam lembranças), e você tem uma HQ que é simplesmente apaixonante.
Este nono encadernado de Saga alcança a publicação
original norte-americana, com a Devir trazendo para o público brasileiro as 54
edições da revista criada por Vaughan e Staples. No momento a série encontra-se
em um hiato nos Estados Unidos, e após o final da leitura Brian explica porque –
uma dica: leia o encadernado antes de colocar os olhos na carta do autor.
Saga é a melhor série de quadrinhos publicada no Brasil
já há alguns anos. Não tem canal no YouTube enchendo a bola, não tem influencer
exagerando nos reviews, não tem crítico babando ovo. E isso, sinceramente, não
importa, e por um motivo simples: Saga anda com as próprias pernas e é uma
HQ absolutamente incrível. Não à toa, ganhou 12 prêmios Eisner, o Oscar dos
quadrinhos – e contando ...
Tem gente que reclama do preço dos quadrinhos. HQ ruim e
supervalorizada sempre sai caro, aprenda de uma vez. Aqui, acontece exatamente o inverso: Saga vale cada centavo.
Leia, e compre, já!
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