![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX2r-NdTQuC5wnLqeD3iFs_dZ_tHtR53XqzGxNzjXZ7IgLQyhczY3n9PD4lAB3DLhnG4g3tngGJxL6T5SUsX7IEE2j1BK1ZiZXlfku7Oc9Gs9bA2x_frMttyVM5yukLzY4c4PrCXP4dUA/s1600/71R7Re2cdXL.jpg)
A internet mudou o mundo. A conexão coletiva proporcionou uma nova realidade, e isso trouxe aspectos muito bons e outros nem tanto. Uma das principais críticas nesse ponto é o fato de termos extrema facilidade em nos conectarmos com pessoas distantes de nós geograficamente, enquanto deixamos de lado quem está próximo de nós fisicamente.
Esse é o ponto de Tokyo Ghost, HQ escrita por Rick
Remender (Black Science, Deadly Class, Vingadores), ilustrada por Sean Murphy
(Batman: Cavaleiro Branco, Punk Rock Jesus, Joe: O Bárbaro) e colorizada por
Matt Hollingsworth (Jessica Jones, Batman: Cavaleiro Branco, Suicidas), publicada no Brasil pela Darkside Books em uma bela edição de capa dura, papel
offset, 272 páginas e formato 17,6 x 26,8 centímetros – a edição
norte-americana é da Image Comics.
A trama bebe no
universo cyberpunk e entrega um roteiro que mostra um futuro distópico onde a
grande maioria das pessoas é literalmente viciada em internet, preferindo o
mundo virtual à realidade de carne e osso. Nesse universo sombrio conhecemos o
casal Debbie Decay e Led Dent. Ela, uma purista totalmente limpa em relação à
tecnologia. Ele, um viciado profundo em tudo que esse novo mundo proporciona.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8iHwVtSZhDWOg2Fii2jKwn4aVorGChPtzjFb_obqHTB4LWu0AMeijtCNrojaI4lEcgd-GaeLrx4GpxBIvB3BLxd8FMyIc15L5s7oJw7NMETY-B6U-KabIVgO0ZbA8_YPpL2BiYM7PB74/s1600/tokyo_ghost_01_08scol2.jpg)
A história é dividida em três arcos bem definidos – apresentação e contextualização desse mundo tecnológico, o seu contraste em um Japão que é o último refúgio natural do planeta e o confronto final pelo controle de tudo. A arte de Sean Murphy entrega o deslumbramento característico, com desenhos repletos de detalhes e uma riqueza visual atordoante. As inúmeras páginas duplas são de embasbacar qualquer fã de quadrinhos, e a colorização de Matt Hollingsworth reforça ainda mais essa sensação. A narrativa visual bebe bastante no universo dos mangás, com um ritmo alucinante e elementos comumente utilizados em quadrinhos japoneses. Como não sou um leitor de mangás e também não aprecio esse ritmo frenético encontrado nos quadrinhos nipônicos, isso me incomodou um pouco, mas longe de comprometer a leitura.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmWX5turs5L7ycwsz9TkToYvhonirP1qvUa1ljIbORXwdyYiJraNitTOnsDZezvXIT0LwtkBbyf5_chiZ5YHDglq5eIsLDT_bRYBAb-B2BKYQuhv4aBKNpf3XMr_Vlzf9mS3572XRgTdY/s1600/tokyo-ghost-vol-1.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcpN4-DmZ8AeH9djIwevpOXZ-P0rhpUXUBH_lSA1e00leB8S6ozzR30ue8yVVGOylgCrQAYRPu-GcVsKSlYzEINrg8Yk29KYH7j47AnckBO58wCdDRyFg6RiFNpNcoboyfRlLtuDeoZ60/s1600/TokyoGhost_B.jpg)
Dividida em dez capítulos, Tokyo Ghost é uma obra que conversa com o nosso tempo e expõe aspectos inquietantes da nossa realidade. Ao final de leitura é impossível não pensar na sua própria relação com a tecnologia e com a internet, e como isso não só impacta a sua vida, mas como, sobretudo, alterou a forma como você se relaciona com as pessoas.
E uma HQ que proporciona um choque tão grande quanto esse
merece todos os elogios, não é mesmo?
Compre com desconto abaixo:
Comentários
Postar um comentário
Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.