Não sou o maior fã de metal extremo do mundo, e admito
que as sonoridades que caminham nessa linha pouco habitam os meus ouvidos.
Porém, entretanto e todavia, algumas bandas e certos discos batem forte de vez
em quando. Tenho curtido demais o Behemoth recente, por exemplo. E adorei esse
disco do Wormwood. E não: uma banda não tem nada a ver com a outra.
O Wormwood foi formado na Suécia em 2014 e estreou com
Ghostlands – Wounds From a Bleeding Earth (2017). Nattarvet é o segundo trabalho do quarteto formado por Georg Ekbladh (vocal), Tobias Rydsheim (guitarra),
Jerry Engström (guitarra) e Danne Johansson (bateria) – Martin Mattsson toca
baixo no disco. O som é um black metal que traz bastante melodia, porém contém
também muitos momentos mais atmosféricos. As letras variam entre canções
cantadas em sueco e em inglês e falam sobre os efeitos da fome na Suécia no
século XIX. De certa forma, o Wormwood atualiza o legado de outra lenda do
metal extremo: o Bathory de Quorthon.
Intenso e melancólico, o trabalho da banda apresenta uma
profundidade e uma densidade evidentes, tanto musical quanto artisticamente. O
black metal é um terreno fértil para a experimentação e o Wormwood faz uso
dessa característica ao partir dos elementos tradicionais do gênero e trilhando
caminhos bastante interessantes. Meus destaques vão para “Av lie och borda”, “I
bottenlös ävja” e seus elementos folclóricos, “The Achromatic Road” e a
sinfonia que fecha o disco, “The Isolationist”, com mais de 11 minutos de
duração.
Se você curte black metal e ama melodias tristes e
melancólicas, está aqui um disco perfeito para a sua vida.
Banda boa. O Black Metal pra mim, é o terreno mais fértil do metal.
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