Review: Jinjer – Macro (2019)



Formado em 2009 em Donetsk, na Ucrânia, o Jinjer vem ganhando cada vez mais destaque na cena metálica, e com justiça. Macro, lançado em 2019, é o terceiro álbum de uma discografia que conta ainda com Cloud Factory (2018) e King of Everything (2016), além do EP Micro, também disponibilizado este ano.

O Jinjer se apresenta como uma banda de progressive groove metal, mas esse rótulo é apenas o ponto de partida para uma sonoridade pra lá de variada. O som é pesado, com um instrumental intrincado e criativo que traz elementos de groove, nu metal e metalcore. A banda não tem medo de se aproximar de outros gêneros como é possível perceber em “Judgement (& Punishment)”, que traz passagens de reggae e alterna trechos mais calmos e com influências do pop com explosões sonoras marcantes e até mesmo blast beats.

O grande destaque do Jinjer é a vocalista Tatiana Shmailyuk, que varia com absoluta tranquilidade entre vocais guturais super agressivos e momentos onde canta com a voz limpa, que é forte e cheia de atitude. A produção de Macro intensifica as qualidades da banda, que procura não repetir fórmulas e tenta trazer doses de criatividade para a sua música, alcançando ótimos resultados. Há até momentos onde Tatiana canta no idioma natal do quarteto, como podemos ouvir na introdução de “Retrospection”.

O resultado é um som intenso, pesado e com grandes doses de imprevisibilidade, com a banda optando por soluções inesperadas para o ouvinte. Isso cria uma sensação de surpresa constante, fazendo com que as nove faixas do disco tragam atrativos. Entre elas, destaque para “On the Stop”, “Judgement (& Punishment)”, “Retrospection” (onde o groove harmoniza com blast beats),”Noah” e “The Prophecy”, que é um verdadeiro arregaço.

Macro é um senhor álbum de metal, com uma vocalista singular e um trabalho de composição super competente. Ouça!

Comentários

  1. Prova viva de que o metal transcende em muito a ala conservadora.

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  2. Esta banda tem uma postura que me lembra muito as bandas indie...Pelo modo que seus integrantes falam e agem parece que estamos diante de uma banda revolucionária, mas ao ouvir o som eu pelo menos achei algo muito chinfrim.

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    1. Rapaz, tento também escutar de várias formas pra ver se bate, e nada so far! Uma banda nada a ver com essa, mas que até recomendo aqui aos leitores e ao Cadão, chama-se The Cold Stares! Uma dupla, na verdade, e que eu adoraria ver resenhada por aqui! Abrá!

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  3. Kkkkk a comparação do colega acima com bandas indie é muito ruim. Triste que o público do site tenha virado isto!

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    1. Acho que é mais pela forma como eles vendem seu trabalho... você acha que vai ouvir um novo meshuggah, e pinta uma banda parecida com várias por aí, o tal do djent... Mas acho também que pouco acrescentam ao gênero. O que me chama atenção é o talento da Tatiana, cantora incrível...Abraços!

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  4. Achei esse disco aguadíssimo em relação ao King Of Everything, ouvi 2 vezes só pra ter certeza e definitivamente não me desceu.

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