Review: Flying Colors – Third Degree (2019)


O Flying Colors chega ao seu terceiro disco atendendo a todas as expectativas geradas ao redor da banda, o que faz de Third Degree o melhor trabalho do grupo até agora. Formado por Casey McPherson (vocal), Neal Morse (guitarra e teclado), Steve Morse (guitarra), Dave LaRue (baixo) e Mike Portnoy (bateria), era de se esperar que o quinteto realmente alcançasse as alturas como fez em seu mais recente trabalho.

Produzido pela própria banda, Third Degree traz nove músicas e foi lançado em outubro de 2019 nos Estados Unidos e Velho Mundo, ganhando logo na sequência uma edição nacional pela Hellion Records. O som segue a linha desenvolvida pelo Flying Colors até aqui, ou seja, um prog rock acessível e agradável aos ouvidos, que consegue evoluir dentro das características do estilo mas sem soar hermético e inacessível a quem não está habituado com as nuances do gênero. Essa personalidade fez com que, ao analisar o primeiro lançamento dos caras – o auto intitulado álbum de 2012 -, eu relacionasse o Flying Colors com o Supertramp, algo que em Third Degree ainda é sentido, porém de maneira mais sutil. A banda definitivamente encontrou a sua identidade própria, o que era algo mais do que natural em se tratado de um time formado por músicos com passagens por ícones como Spock’s Beard, Dixie Dregs, Deep Purple, Joe Satriani e Dream Theater.

As passagens instrumentais cativantes seguem sendo um dos pontos fortes do Flying Colors, ao lado da voz limpa e afinadíssima de McPherson. Todos os músicos possuem momentos de brilho individual e, simultaneamente, funcionam como uma máquina azeitada em conjunto. O resultado é um rock progressivo moderno e atual, que ao mesmo tempo em que cativa ouvintes com anos de estrada no estilo também não assusta quem está dando os primeiros passos pelo maravilhoso universo do prog.

Destaques para a abertura “The Loss Inside”, para a incrível “More”, “Cadence”, “Geronimo” (com ascendências de Gentle Giant), “Love Letter” (com uma improvável influência de Electric Light Orchestra) e o fechamento com a épica “Crawl”.

Discão. Ouça, compre, traga para a sua vida!

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