A reconexão

Os tempos inéditos que estamos vivendo refletem de maneira diferente em cada um de nós. Eu, uma pessoa apaixonada por música, me afastei da música por um tempo durante essa quarentena. Veja só, e vai saber porque. O fato é que deixei de ouvir discos, de escutar canções, por algumas semanas. O que é estranho para quem possui quatro estantes repletas de CDs na sala de estar.

A reconexão com a paixão da minha vida começou com algo que queria fazer há tempos, mas só consegui agora: cadastrar toda a coleção no Discogs. Pra quem não sabe, o Discogs é um site que funciona tanto como um banco de dados quanto como um mercado entre colecionadores. Eu o uso apenas na primeira função, cadastrando meus discos e vendo quais edições possuo, essas coisas.

Após fazer todo esse processo de cadastramento durante alguns dias, voltei aos poucos ao meu esporte favorito: ouvir discos, escutar música. E fiz isso utilizando uma ferramenta que gosto muito: dentro do Discogs, com um clique você tem sugestões de itens aleatórios de sua coleção pra colocar pra rodar. Para alguém com quase 2 mil CDs como eu, é uma mão na roda. Isso fez com que eu me conectasse novamente não apenas com a música, mas também com a minha coleção. Estou ouvindo discos que não ouvi há anos, relembrando de como eles surgiram na minha vida. E isso está fazendo os meus dias de confinamento social mais interessantes.

Minha agenda está cheia. Tenho trabalho todo dia. Home office não é ficar deitado no sofá de pijama como alguns pensam. A pauta está cheia, os trabalhos estão entrando em sequência. E entregar tudo que preciso entregar, criar tudo que preciso criar, acompanhado de boa música, é revigorante.

Amo a música. Ela é vital para a minha vida. E me resgata de dias não tão legais como os que vivi nas últimas semanas sendo apenas o que ela é: companhia, amiga, companheira, conselheira, confidente.

E vamos em frente.