Obscura foi lançado no início de março pela Hellion Records e é o sucessor de Last Night of Mortality (2010) e Lunar Manifesto (2014). O trabalho marca um passo importante da banda por ser o primeiro álbum após a assinatura do contrato com a renomada gravadora italiana Frontiers Records, que lançou o disco no mercado europeu. A banda estava com uma turnê agendada pelo Velho Mundo para promover o disco, mas a pandemia de coronavírus fez com que o giro fosse cancelado.
O disco vem com onze faixas dispostas em 48 minutos. As influências são claras e passam pela escola do death metal melódico sueco de referências absolutas como In Flames e Soilwork, acompanhadas pela receita “a bela e a fera”, onda a voz feminina limpa ganha companhia do vocal masculino gutural. Esse segundo aspecto remete à cena gótica dos anos 1990, mais precisamente à bandas como Theatre of Tragedy e Lacuna Coil, mas, evidentemente, sem a sonoridade gothic metal dessas duas bandas citadas. Na prática, a música do Semblant consegue equilibrar um lado muito agressivo e pesado com uma faceta mais acessível, que é construídas através das melodias e por um instrumental que sabe cativar o ouvinte. O resultado final é um disco forte e com momentos excepcionais, como a linda “Porcelain”, e a pandaria forte de “The Hunter, The Hunger (Legacy of Blood, Pt. V)”, “Wasteland”, “Wallachia” e o tocante encerramento com a dobradinha “Daydream Tragedy” e “Insomnia”.
O Semblant é uma banda talentosa e, acima de tudo, corajosa. Além de Obscura, o sexteto lançou em 2019 a graphic novel Blood Chronicles pela Darkside Books, levando o seu universo para outras plataformas. Iniciativas assim precisam ser apoiadas, pois são excelentes. Obscura é um CD muito bom, cheio de músicas fortes e que irá agradar em cheio quem é fã de um death metal cheio de melodia e com momentos acessíveis.
Belo disco, vá atrás!
Baita banda.
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