Review: Philip Sayce – Spirit Rising (2020)


Veterano, porém praticamente desconhecido fora do circuito de fãs de blues, o galês/canadense Philip Sayce faz por merecer uma pausa para ouvir o seu mais recente disco. Spirit Rising saiu em abril e traz treze faixas explosivas e excelentes.

O álbum é o sucessor de Influence (2014), foi produzido por Michael Nielsen e é uma dica certeira para quem curte um blues rock totalmente orientado para a guitarra. Com inegável influência de Stevie Ray Vaughan e Gary Moore, o disco é de uma beleza acachapante, como demonstra a linda “Once”, que certamente colocou um sorriso em SRV, seja lá onde o bluesman texano esteja atualmente. Há ecos, até pelas referências mencionadas, ao legado de Jimi Hendrix, e isso já fica claro na intro que abre o trabalho, a instrumental “Warning Shot”.

Sayce não economiza na ferocidade dos solos, que vêm sempre com muito feeling e um senso de melodia profundo. Seu vocal é agradável e limpo, e as composições não se perdem em excessos desnecessários. Todos esse atributos contribuem para um tracklist extremamente eficaz, onde os destaques são “Fits Me Good”, o balanço de “She’s the Music”, a já citada “Once”, a ótima releitura de “Give Me Time” (de Magic Sam), “Burning Out” e sensacional “Spirit”. Há ainda versões para “One Foot on the Gravel”, de Jeff Healey, e “Awful Dreams”, de Lightning Hopkins, ambas com interpretação e performance primorosas de Philip.

Se você está procurando um baita disco de blues, Spirit Rising é a resposta.


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