Review: Orianthi – O (2020)


Orianthi chamou a atenção quando tocou com Michael Jackson na turnê This Is It e integrou a banda de Alice Cooper entre 2011 e 2014. Nessa época, a cantora e guitarrista australiana já possuía três discos gravados (Violet Journey de 2007, Believe de 2009 e Heaven in This Hell de 2013). O quarto trabalho, porém, só veio ao mundo após um intervalo de sete anos.

Batizado apenas como O, o novo álbum de Orianthi foi lançado no segundo semestre de 2020 e é, musicalmente, uma mistura entre rock e pop. A guitarra ganha uma atenção especial, logicamente, mas não se trata de um disco instrumental. Orianthi entrega dez canções que trazem parcerias com nomes como Nikki Sixx, por exemplo.

Os melhores momentos estão em faixas como “Sinners Hymn” e “Impulsive”, repletas de groove. “Rescue Me” é uma balada com um bem encaixado tempero meio blues, meio country, e um refrão pra lá de grudento. O disco perde um pouco da sua força na etapa final, notadamente por apostar em canções que trazem um rock exageradamente açucarado como “Sorry” (que pode facilmente ser confundida como uma música de um estrela pop como Miley Cyrus ou Rihanna) e “Moonwalker”. A quase acústica “Crawling Out of the Dark” e a explosão sonora de “Stream of Consciousness” são exceções positivas na metade final do álbum.

Orianthi é inegavelmente uma grande guitarrista e uma ótima cantora. Porém, a indefinição por qual caminho seguir – se aposta no rock ou se trilha a trajetória do pop – e uma falta de unidade maior entre as composições acabam prejudicando um pouco esse retorno.

Lançamento nacional da Shinigami Records.


Comentários