Raridades do Black Sabbath | Parte 3 - As primeiras edições brasileiras


O primeiro disco do Black Sabbath lançado no Brasil foi o Paranoid, em 1971, com um pequeno atraso se comparado com o lançamento original na Inglaterra, que aconteceu em setembro de 1970. Mas parte das edições nacionais são bem diferentes das edições originais como veremos a seguir, e muitas delas são disputadas no exterior pela curiosidade gerada nos círculos de colecionadores da banda.

Paranoid foi lançado pela Companhia Brasileira de Discos, e apesar de ser uma capa simples diferente da original capa dupla (gatefold), o verso trazia uma foto bem diferente da banda - veja a comparação abaixo. As edições posteriores, lançadas em 1976 e nos anos 1980, teriam sempre a capa simples mas com o verso semelhante ao das edições originais.



Os selos no vinil também variavam a cada lançamento. Inicialmente, era usado o selo original da Vertigo. Tenho uma unidade lançada pela RGE Fermata, de 1976, que acredito ser a segunda ou terceira edição, com o selo preto da NEMS, além de uma edição que comprei em 1984 da RGE mas com o selo RGE Young


Master of Reality, o terceiro álbum, foi o próximo lançamento no país também em 1971, pela Companhia Brasileira de Discos (Phonogram) e com as cores da capa diferentes em cada prensagem/gravadora. No original inglês o disco foi lançado em uma embalagem do tipo envelope com título em relevo e que trazia o LP e um pôster no seu interior, conforme abaixo.


No Brasil não foi lançado o pôster e as diferenças estão principalmente nas cores da capa. A primeira edição tem o tom laranja no título, e existe uma versão da RGE que comprei em 1984 com o selo Young no interior e capa com uma bizarra mistura de cores.


Em 1972 seria lançado no Brasil o Vol. 4 em uma edição muito fiel à original inglesa, com capa dupla, um encarte de quatro páginas com fotos da banda e o selo Vertigo. A minha cópia é a segunda prensagem, com o encarte de quatro páginas e o selo da Vertigo com os discos voadores, mais comum partir da segunda metade dos anos 1970. Nas edições posteriores foram disponibilizadas versões com capa dupla mas sem o encarte e, mais tarde, uma edição com capa simples, o selo da RGE diferente e sem qualquer foto ou nomes das músicas na contracapa.


Finalmente, em 1973, seria lançado com três anos de atraso também pela Phonogram o primeiro disco da banda, em uma edição com selo da Vertigo e capa simples. Tenho também uma edição comprada em 1984, com o selo Young da RGE. Essas edições não possuem a capa gatefold inglesa, com a cruz invertida e texto colocados na parte interna sem o conhecimento da banda.



Além dos LPs como esses da Phonogram (selos Vertigo), RGE Fermata (NEMS) e RGE (Young), foram lançadas edições após os anos 1980 pelas gravadoras Eldorado e House Records Rap. Somente na década 1990 passaríamos a ter no Brasil também edições em CD dos álbuns da clássica primeira formação do Black Sabbath.

Por Airton Tonon

Fã e colecionador do Black Sabbath


Comentários

  1. Enfim, muitos lançamentos nacionais (incluindo Sabbath), eram lançados com um considerável desleixo por aqui. The Number of the Beast sem encarte, selos dos discos do Iron com selos genéricos amarelos, Kill Em All s/ encarte, péssima qualidade gráfica/sonora (principalmente anos 80/90). Vejo versões nacionais vendidas lá fora por preços exorbitantes (chamo isso de puro oportunismo - LPs vendidos no Mercado Livre por 50 messias, viram 50 euros no Discogs). Por incrivel que pareça, selos sem grande estrutura como a Woodstock, Devil Discos, Rock Brigade, Stiletto lançavam versões bem mais respeitáveis do quê uma EMI, RGE da vida... Isso sem falar em versões nacionais de CDs, quando avacalhavam de forma criminosa pro colecionador. Exemplos: Grip Inc. - Power of Inner Strength; Machine Head - The More Things Change..., entre muitos outros.

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  2. Verdade, Alex. As gravadoras pequenas parecem tratar os lançamentos com mais capricho. Valeu por prestigiar!

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  3. Nome do Ozzy escrito de forma errada. Ossie no primeiro lp.

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