Review: Night – Hight Tides, Distant Skies (2020)


O Night é o meu tipo de banda. Eles fazem exatamente o som que eu gosto de ouvir, e muito bem. O quarteto sueco – de onde mais seriam? – chega ao seu quarto álbum com High Tides – Distant Skies, lançado na Europa em 2020 e sucessor de Raft of the World (2017). Ambos os discos ganharam bonitas edições nacionais pela Hellion Records.

O som do Night é um hard construído sobre baldes de melodia provenientes das guitarras, que trabalham harmonias e solos que mostram influências de bandas excelentes como Thin Lizzy, Wishbone Ash e Blue Öyster Cult. O clima predominante é de um som pesado meio setentista, com os vocais da dupla Oskar Andersson e Sammy Ouirra soando suaves e cristalinos. Essas caraterísticas, que são trabalhadas com primor em um processo de composição muito bem feito, geram composições cativantes e álbuns com potencial para conquistar novos fãs, como foi o caso de Raft of the World e acontece novamente com High Tides – Distant Skies.

As nove faixas do disco são todas niveladas por cima e possuem um clima bem on the road, chamando o ouvinte para pegar a estrada e descobrir o mundo que ainda não conhece. Destaque para a abertura com “Shadow Gold”, “Burning Sky”, a deliciosa “Crimson Past” (minha preferida), “Falling in the Black”, “Here On My Own” e “Lost in a Dream”.

A edição lançada no Brasil vem com slipcase e encarte de oito páginas com todas as letras. E é preciso elogiar a Hellion Records pela excelente curadoria em descobrir o Night e apostar em seu lançamento em nosso país.

Mais um disco excelente de uma banda que já passou da hora de você conhecer.


Comentários

  1. Perfeito...Tenho todos os albuns do night, os primeiros são perfeitos tambem.

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  2. Achei o som bem legal, criativo. É uma mistura de muitos sons setentistas: não sei vocês, mas o terceira me pareceu bem Dare Straits... A produção faz o som (intencionalmente) parecer comprimido, notaram também?

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    1. Cinco segundos dessa música e eu já tava como? "Ei, isso aí é Dire Straits!"

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  3. E aquela coisa: a banda faz um som legal que se ouve sem maiores contraindicações e que lembra diversas outras coisas! Mas esse som revivalista, como se não tivesse acontecido nada no mundo dos anos 1990 em diante, me incomoda. Quero um som que me esfregue na face o presente, independente das rugas, da falta de cabelo e da barriga saliente, e não algo que me faça recordar dos "bons tempos"...

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