Review: Raven – Party Killers (2015, edição brasileira de 2021)


Quando se fala da família Gallagher na música, os fãs de rock clássico lembram do grande bluesman irlandês Rory. Já os mais jovens provavelmente pensarão que trata-se de alguma referência a Liam e Noel, os irmãos ingleses por trás do Oasis. E quem curte metal tradicional vai direto em John e Mark, brothers ingleses que formaram o trio Raven na cidade de Newcastle em 1974 – o baterista Joe Hasselvander completa o line-up.

Um dos nomes mais icônicos do metal inglês, o Raven possui uma carreira pra lá de longa e que conta com doze álbuns de estúdio, dois ao vivo, duas compilações e mais um monte de material. Um dos mais legais é o álbum de covers Party Killers, lançado originalmente em 2015 e que chegou ao Brasil em 2021 em uma edição slipcase via Hellion Records. O disco traz onze releituras para canções de artistas e bandas predominantemente britânicas (as únicas exceções são Cheap Trick e a Edgar Winter Band). O clima é festivo e o tracklist funciona como uma ótima jukebox com poder para levantar qualquer festa e mudar o astral do ouvinte.

Produzido pela própria banda, Party Killers é um tributo à história e às influências do Raven e um presente para os fãs. As performances são incendiárias e carregadas de paixão, como um bom disco de covers deve ser. As escolhas do tracklist passam por clássicos incontestáveis como “Fireball” do Deep Purple e “Bad Reputation” do Thin Lizzy, encontram pérolas fundamentais dos primórdios do som pesado como “In for the Kill” do Budgie e “Too Bad So Sad” do Nazareth e apresentam aos desavisados jóias sonoras de alto quilate como “Ogre Battle” do Queen, “Take Me Bak Ome” do Slade e a incrível “Hang On to Yourself” de David Bowie. A lista de faixas conta ainda com canções do Status Quo e do Sweet.

Como comentado, a edição brasileira lançada pela Hellion vem com em slipcase, o que dá um charme extra para o CD, enquanto o encarte é super simples e traz quatro páginas com os créditos das canções e comentários da banda sobre cada uma das faixas presentes no disco – vale mencionar que é o mesmo da edição original europeia.

Um ótimo disco para quem é fã do Raven e um achado arqueológico pra quem gosta de rock direto e ao ponto.


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