Novo álbum ao vivo do Paradise Lost, At the Mill foi gravado em novembro de 2020 durante um show que a banda inglesa transmitiu online. E aqui está o primeiro problema do disco: mesmo sendo um show não há a presença do público e nem interação com a plateia, que logicamente estava do outro lado do computador e não na frente dos músicos. Isso faz com que o álbum tenha cara de um ensaio gravado e não de um registro ao vivo efetivamente.
A produção é o outro problema, pois não soa cheia, gordurosa e repleta de peso como estamos acostumados a ouvir nos álbuns de Paradise Lost. A qualidade de som, apesar de não comprometer, definitivamente não é das melhores, e isso prejudica a experiência final.
O CD vem com dezesseis músicas que repassam a carreira da banda, um das mais influentes do metal e referência do gothic metal. Há canções mais recentes como “Fall From Grace”, do ótimo Obsidian (2020), até composições clássicas de diversas épocas da trajetória dos caras como “Faith Divide Us – Death Unites Us”, “Gothic” e “No Hope in Sight”.
Lançado no Brasil pela Shinigami Records, o CD vem com encarte de dezesseis páginas com todas as letras e recheado de fotos, com a qualidade gráfica já conhecida da gravadora paulista. E tudo isso realça a belíssima arte da capa, criado por Seiya Ogino e pelo estúdio Ogino Design.
Infelizmente, a ausência do público e a produção acabam prejudicando o resultado final e tornam At the Mill um item indicado primordialmente para os fãs da banda inglesa. Já o público geral tem os álbuns mais recentes dos ingleses, além dos clássicos, para mergulhar no universo sonoro do Paradise Lost de forma mais recompensadora.
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