Review: Sunroad – Walking the Hemispheres (2021)


Na estrada há 22 anos, a banda goiana Sunroad é um dos nomes mais tradicionais do hard rock brasileiro. Guerreiros e resilientes, os caras lançaram em 2021 o seu nono álbum, Walking the Hemispheres, dando início a uma nova etapa na carreira. A principal mudança é a chegada do vocalista francês Steph Honde, conhecido pelo seu trabalho no Hollywood Monsters ao lado de Don Airey (Deep Purple) e Vinny Appice (Dio, Black Sabbath, Heaven and Hell), alteração essa que deu uma nova cara para o grupo. Assumindo também os teclados, Steph completa o time formado por Netto Mello (guitarra), Mayck Vieira (guitarra), Van Alexandre (baixo) e Fred Mika (bateria).

O som segue a linha do classic rock com pitadas de AOR, sempre com refrãos muito fortes e melodias onipresentes. A mixagem mais crua deu um ar mais rock and roll ao disco, o que foi um acerto. A voz de Honde, rouca e agressiva, ressalta essa característica mais selvagem da sonoridade do Sunroad, colocando a banda em um outro nível. Há um certo tempero meio Purple meio Whitesnake nas composições, o que agradará quem curte um hard clássico.

Longo, o disco possui onze faixas e uma divisão bem clara: as seis primeiras composições são as melhores do trabalho, que a partir do interlúdio “Mighty Beauty and Its Chaos” dá uma certa caída. O álbum conta com um presente no final: como bônus, a banda gravou um cover do UFO, “Try Me”, composição de Michael Schenker e Phil Mogg que faz parte do álbum Lights Out (1977), onde Steph Honde mostra todas as suas qualidades como cantor e Netto Mello entrega um belíssimo solo.

Walking the Hemispheres é um bom trabalho, indicado principalmente para quem já conhece o trabalho do Sunroad e aprecia a sonoridade clássica do hard.

 


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