Review: HammerFall – Hammer of Dawn (2022)


O HammerFall foi um dos principais responsáveis pelo rejuvenescimento do power metal no final dos anos 1990, introduzindo doses generosas de metal tradicional no estilo que aqui no Brasil ficou conhecido como metal melódico e dando ao mundo álbuns hoje considerados clássicos do estilo como Glory to the Brave (1997) e Legacy of Kings (1998). E ainda que a banda tenha se repetido além do necessário ao longo dos anos, manteve uma legião de fãs e soube fidelizar profundamente o seu público.

Hammer of Dawn é o décimo segundo álbum dos suecos, sucede Dominion (2019) e é o primeiro disco da banda nesse pós-pandemia. Os próprios músicos admitem o quanto esse período foi difícil com a frase “These past two years have been trying times for an artist, and we have learned on the support of our families to pull us through. Thank you, we love you even more for it!” (Estes últimos dois anos foram tempos difíceis para um artista, e aprendemos com o apoio de nossas famílias por nos incentivar. Obrigado, nós amamos vocês ainda mais por isso!) presente no encarte.

O CD traz dez canções e mostra uma banda renovada após a pausa de três anos. O que sai das caixas de som é o metal épico, poderoso e grandioso que sempre marcou a carreira do Hammerfall, indubitavelmente rápido e com uma profusão de coros e bumbos duplos. A produção é excelente e foi dividida entre os integrantes, com o baixista Fredrik Nordström à frente. O lendário King Diamond participa de “Venerate Me”, ainda que sua voz seja aplicada apenas nas harmonizações e dividindo os coros com Joacim Cans e não ganhe o destaque esperado.

O trabalho traz canções com refrãos fortes e que devem ser cantados a plenos pulmões nos shows, como é o caso de “Too Old To Die Young”, e conta com faixas fortes como a grudenta e já citada “Venerate Me”, “Live Free or Die”, a abertura com “Brotherhood” e seus coros épicos, a música que batiza o disco e “No Son of Odin”.

A edição brasileira da Hellion Records vem em slipcase, inclui um pôster com a arte da capa e conta com um longo encarte com vinte páginas com fotos e todas as letras.

Se você é fã do HammerFall e por algum motivo se afastou da banda, Hammer of Dawn é um bom motivo para voltar a ouvir o som dos suecos.


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