Quadrinhos: A Saga da Liga da Justiça, Vol. 1, de Grant Morrison e Mark Waid (2022, Panini)


A Panini dá início à publicação de A Saga da Liga da Justiça com a série lançada em 1996 e que serviu de introdução para o aclamado período do roteirista Grant Morrison à frente do maior grupo da DC Comics.


Tendo Mark Waid como roteirista principal, esse primeiro volume faz alusão à fase mais sombria e realista que tomou conta dos quadrinhos de super-heróis a partir da publicação de O Cavaleiro das Trevas e Watchmen, e acabou desandando para uma epidemia de HQs com personagens violentos e poderes bizarros que marcaram negativamente a década de 1990.

Waid brinca com esse contexto usando um artifício semelhante ao que utilizou na clássica Reino do Amanhã, também de sua autoria, com a alegoria da proliferação de novos superseres sem história e experiência. No outro lado, os sete heróis que formam a Liga da Justiça - Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Ajax - vivem com suas identidades civis em um mundo que os esqueceu, e pouco a pouco vão retomando a memória.

Ainda que a arte e alguns diálogos soem invariavelmente datados - o Superman cabeludo e o Clark Kent de rabo-de-cavalo não me deixam mentir -, o clima geral é de uma história que retoma o que de melhor esses personagens possuem, qualidades essas que a própria DC parece ter se esquecido com o passar dos anos.

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