Review: Mentalist – A Journey Into the Unknown (2021)


Thomen Stauch foi o titular da bateria do Blind Guardian por mais de vinte anos, período em que gravou todos os sete primeiros álbuns da banda alemã, da estreia Battalions of Fear (1988) até A Night at the Opera (2002). Divergências relacionadas ao direcionamento musical do grupo, que estava caminhando para um som cada vez mais pomposo e grandiloquente, fizeram com que Thomen procurasse outro caminho.

O Savage Circus, montado com o amigo Piet Sielck (Iron Savior), levou a carreira do baterista adiante, junto com participações em projetos como o Coldseed, de Björn Strid, vocalista do Soilwork. A mais recente empreitada de Stauch é o Mentalist, banda montada ao lado de Rob Lundgren (vocal), Peter Moog (guitarra), Kai Stringer (guitarra) e Florian Hertel (baixo). A Journey Into the Unknown é o segundo álbum do quinteto e foi lançado no Brasil pela Hellion Records em slipcase com pôster e encarte de dezesseis páginas trazendo as letras. Além disso, o CD conta com as participações especiais de Oliver Palotai (tecladista do Kamelot), Mike LePond (baixista do Symphony X) e Henning Basse (ex-vocalista do Metalium e Firewind).

O álbum traz onze canções embaladas em um power metal com grandes camadas de melodia e com uma abordagem mais direta, sem a grandiosidade muitas vezes exagerada do Blind Guardian. O resultado é um disco muito legal de se ouvir e que surpreende positivamente. O trabalho instrumental é competente, a voz de Lundgren é totalmente apropriada para o estilo e Thomen segue com a mão pesada e técnica, aliando violência com refinamento em suas linhas de bateria.

Destaque para a música que batiza o disco, a pegada mais contemporânea de “Modern Philosophy”, as empolgantes “Evil Eye” e “Dentalist” (as mais próximas do período de Stauch no Blind Guardian), a linda “An Ocean So Deep” e os baldes de melodia de “Soldier Without a War”.

Uma excelente, porém pouco comentada, dica pra quem curte power metal.


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