Review: Pentral – What Lies Ahead of Us (2021)


What Lies Ahead of Us
é o álbum do estreia do Pentral, trio paraense formado por Victor Lima (vocal e guitarra), Joe Ferry (baixo) e Vagner Lima (bateria). O CD traz dez canções mais as versões editadas de duas das faixas presentes no disco. A produção foi assinada pela própria banda e por Tim Palmer (Pearl Jam, U2, Ozzy Osbourne). Já a bela capa, que deixa clara a mensagem pró-natureza dos músicos, foi criada pela artista Heidi Taillefer. O encarte é de oito páginas e vem com todas as letras, e o CD foi lançado pela Voice Music.

Musicalmente, o Pentral traz referências de nomes contemporâneos como Opeth e The Ocean caminhando lado a lado com influências clássicas do metal e do prog. No geral, os reviews classificaram a banda como rock progressivo, mas ouvindo o álbum fica evidente que definir o som do trio dessa maneira é reduzir o que o Pentral faz. A originalidade é forte, com uma solidez e uma densidade sonoras que impressionam ao falarmos de uma banda formada por apenas três instrumentistas.

O álbum é longo, com mais de setenta minutos, porém passa longe de ser cansativo. A abertura, com a ótima “Silent Trees”, deixa uma excelente primeira impressão.”All My Wounds” apresenta andamentos quebrados e linhas vocais fortes. “Disconnected” é uma das melhores do álbum, pesada e redonda. Em “Letters From Nowhere” podemos sentir a influência do Opeth, enquanto a bonita “A Gift From God” é um dos momentos mais emocionantes. “No Real Colour in Souls” talvez seja a mais prog do trabalho, e ao lado da cadenciada e pesada “Are You Satisfied?” é um dos muitos pontos altos do disco. Um sólido álbum de estreia, que mostra o imenso potencial que o Pentral possui. 

Há muito mais no metal brasileiro do que as mesmas bandas de sempre. E aqui temos mais um exemplo disso.


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