Electric Mob: a banda brasileira que todo mundo deveria estar ouvindo


Alguns fatos fazem do Electric Mob uma banda impressionante. O vocalista Renan Zonta  é um deles. Dono de uma das melhores e mais potentes vozes do rock brasileiro, é um cara que você fica de queixo caído no primeiro verso que sai de sua garganta. Os demais integrantes são igualmente excelentes, com o trio Ben Hur Auwarter (guitrarra), Yuri Elero (baixo) e André Leister (bateria) entregando uma performance irretocável. Outros pontos estão na qualidade excepcional do hard rock do quarteto curitibano, que é muito acima da média e rivaliza com os principais nomes do gênero mundo afora. Mas o mais impressionante de tudo é que praticamente ninguém fala do Electric Mob no Brasil. Fãs, colecionadores, mídia: todo mundo parece desconhecer ou ignorar a banda. Uma simples audição do som dos caras já mostra o quanto isso é um erro.

O grupo estreou em 2020 com Discharge (leia a resenha aqui) e soltou o seu segundo álbum este ano. 2 Make U Cry & Dance saiu em CD pela Wikimetal com encarte de doze páginas com todas as letras, e ganhou também uma edição europeia e outra japonesa. O álbum vem com onze faixas, com produção de Amadeus De Marchi e mixagem de Nico Braganholo.

O som do Electric Mob é um hard rock com referências bem contemporâneas. Ainda que traga também ecos do passado, a banda conversa muito com o universo sleaze de Reckless Love e a cena sueca de bandas como Crashdiet, Crazy Lixx e até mesmo Eclipse, tudo com um toque extra de groove e a personalidade característica das bandas brasileiras. O resultado é um som pesado e alto astral, sempre com refrãos fortes e um grande trabalho de composição, com as músicas saindo todas redondinhas. É uma sonoridade quente e sensual, em um álbum pulsante, divertido e cheio de energia.

A principal característica do Electric Mob vem das linhas vocais melodiosas de Zonta, que conferem a personalidade marcante da banda. As onze faixas do disco possuem um ótimo nível, mas vale destacar a abertura como “Sun is Falling”, “Will Shine” (que brinca com um baião na introdução), “It’s Gonna Hurt”, “By the Name (nanana)”, “Soul Stealer”, “Locked n Loaded” e “Love Cage”. Como você pode perceber, destaques demais para um álbum passar desapercebido, não é mesmo?

Muita gente ainda não ouviu o Electric Mob. Talvez você seja uma dessas pessoas que ainda não conhece a banda. Aproveite o segundo álbum do quarteto e traga para a sua vida uma das melhores formações surgidas no Brasil nos últimos anos.


Comentários

  1. ótima banda; já tinha ouvido no spotify. to curtindo o hurricanes agora! já ouviu? abriu para o black crowes no brasil

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  2. Discaço, é uma banda que só tem a crescer

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  3. Gostei da resenha, vou comprar o cd, já que não curto ouvir nada em plataformas digitais, só ouço música em mídia física, ou seja, musica de verdade, abs.

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