Azul Quase Transparente: a lisergia transformada em livro por Ryü Murakami


Confesso que essa não foi uma leitura fácil. A razão é a seguinte: Ryü Murakami narra, em primeira pessoa, as experiências de um grupo de jovens japoneses durante a década de 1970, repletas de sexo e, principalmente, drogas. Talvez em um outro momento da vida eu teria outra percepção sobre
Azul Quase Transparente, mas dentro da minha realidade atual a leitura foi angustiante e perturbadora.

Publicado originalmente em 1976, Azul Quase Transparente é o primeiro livro de Murakami, e, de certa forma, não apenas apresentou o seu estilo como também definiu o seu modo de escrita. Na época o autor tinha apenas 24 anos, e a obra acaba funcionando como uma espécie de documento, com fortes doses autobiográficas, de sua geração. As páginas entregam doses enormes de lisergia e sexo, tudo acompanhado por uma trilha sonora com clássicos do período e que conta com citações a canções de lendas como The Doors, Pink Floyd e Rolling Stones.


Com apenas 128 páginas,
Azul Quase Transparente é um best-seller mundial, com mais de 4 milhões de cópias vendidas até hoje. A edição da Darkside vem em capa dura com arte exclusiva e pintura trilateral na cor azul, o que deixa o livro muito bonito e valoriza a edição impressa.

Algumas obras, apesar de clássicas, às vezes chegam até nós no período errado de nossas vidas. Tenho certeza de que se tivesse tido contato com Azul Quase Transparente na minha adolescência ou com vinte e poucos anos, o impacto seria muito maior do que o que senti com a leitura que fiz agora, já com cinquenta. Mas, independentemente da minha experiência com o livro, indiscutivelmente trata-se de uma obra que causa reações intensas, e isso, por si só, já vale a indicação.

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