Em Mulher-Gato: Cidade Solitária, Cliff Chiang conta uma história de redenção. Nela, conhecemos Gotham City uma década no futuro, onde lendas como Batman, Coringa, Asa Noturna e James Gordon foram algumas das vítimas de um evento trágico. Selina Kyle também sofreu as consequências, permanecendo por dez anos atrás das grades.
Acompanhamos Selina retomando a sua liberdade e retornando para uma Gotham
muito diferente. Agora, Harvey Dent está sentado na cadeira de prefeito e
implementou um estado policial. Governando pelo medo, Dent baniu o
super-heroísmo e deu início à gentrificação de diversas áreas da cidade,
intensificando ainda mais as diferenças sociais sempre presentes em Gotham.
A história que Cliff Chiang nos conta está repleta de elementos da mitologia do Batman, indo desde o reencontro da Mulher-Gato com antigos aliados até easter eggs espalhados pelas páginas. Já consagrado como artista (seus trabalhos mais conhecidos são Paper Girls, ao lado de Brian K. Vaughan, e a Mulher-Maravilha dos Novos 52, com Brian Azzarello), Chiang mostra uma arte contemporânea e repleta de dinamismo em Cidade Solitária, com um trabalho de cores que utiliza tons mais atuais. A atmosfera urbana ganha vida e salta das páginas em uma narrativa impecável. Além disso, Chiang se mostra também um grande roteirista, construindo uma história cativante e com bom ritmo, desenvolvida através de diálogos muito bem escritos e com uma tensão crescente, além de discussões políticas que conversam com questões atuais muito importantes.
A Mulher-Gato já havia ganhado um destaque imenso, e merecido, durante a passagem de Tom King pelo Batman. Agora, Cliff Chiang nos entregou uma das melhores histórias da personagem. Selina Kyle sempre foi complexa, e poder presenciar a sua transformação de uma ladra em uma heroína através de trabalhos de alto nível como este é um grande prazer não só para quem gosta de quadrinhos, mas, acima de tudo, para quem ama boas histórias.
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