Review: Death – Spiritual Healing (1990)


Terceiro álbum do Death, Spiritual Healing foi lançado em 16 de fevereiro de 1990 pela Combat Records. É o único disco da banda com a participação do guitarrista James Murphy (Obituary, Testament) e do baixista Terry Butler (Obituary, Six Feet Under), e o último com o baterista Bill Andrews (Massacre).

Há uma mudança lírica em Spiritual Healing em relação aos dois primeiros álbuns, com as letras do vocalista, guitarrista e líder Chuck Schuldiner se afastando dos temas sangrentos e de terror dos trabalhos anteriores e passando a abordar assuntos da sociedade e do horror da vida real, incluindo assassinos em série, vício em drogas, reconstrução genética, falsos profetas e curandeiros milagrosos. A mudança aconteceu também em termos estéticos, pois esta foi a última capa de um álbum do Death pintada pelo artista norte-americano Ed Repka, responsável pelas ilustrações da estreia Scream Bloody Gore (1987) e Leprosy (1988).

Produzido por Eric Greif, manager da banda, e mixado por Scott Burns (Deicide, Napalm Death, Sepultura), musicalmente trata-se de um trabalho mais melódico, característica realçada pela guitarra solo de James Murphy. O material também apresenta riffs mais lentos e arrastados, inspirados no doom. Entre as músicas, destaque para canções que ficaram marcadas no catálogo da banda como “Altering the Future”, “Low Life” e a faixa título, um dos grandes clássicos do grupo. O álbum foi relançado em 2002 em uma edição dupla que incluiu dezesseis músicas extras trazendo versões iniciais das canções, faixas instrumentais, outtakes e brincadeiras em estúdio.

O Death lançou apenas sete álbuns e teve a sua carreira abreviada pela morte prematura de Chuck Schuldiner em 2001, vítima de câncer. Ainda que não seja considerado um dos melhores trabalhos da banda, Spiritual Healing mantém a criatividade singular de Schuldiner, responsável por transformar a banda em um dos maiores e mais influentes nomes do metal extremo.

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