Review: Accept – Humanoid (2024)


A reconstrução do Accept após perder a sua figura mais reconhecível, o vocalista Udo Dirkschneider, é um dos maiores cases de sucesso da história do metal. Tendo o guitarrista Wolf Hoffmann como grande mente criativa e Mark Tornillo como novo frontman, a banda alemã embarcou em um novo auge e se reinventou totalmente.

Humanoid é o sexto álbum desse novo Accept e o décimo sétimo da discografia do grupo, e irá surpreender os mais desavisados de forma extremamente positiva. Digo isso porque, após a renovação apresentada em Blood of the Nations (2010) e Stalingrad (2012), a banda foi meio que se acomodando no lugar comum e entregou trabalhos não tão inspirados como Too Mean To Die (2021). Humanoid corrige o rumo e traz o Accept soando sanguíneo, energético e criativo como no início da fase Tornillo.

A força e a magia do metal teutônico de alto quilate são percebidas em todas as doze faixas, como destaque para canções como a abertura “Driving Into Sin” e seus leve acentos orientais, a sacana “Straight Up Jack” (que soa como se Angus Young assumisse o controle da banda) e a cortante “Southside of Hell”, que fecha o play no mais alto nível.

O Accept é uma das maiores instituições do metal europeu, e é bom demais ouvir a banda soar tão bem em seu novo álbum. A parceria entre Hoffmann e Tornillo vive um dos seus melhores momentos, e a renovação promovida pelo guitarrista – que é o único integrante da era clássica da banda – com a adição de novos músicos como o baixista Martin Motnik e a terceira guitarra de Philip Shouse mostra-se muito acertada. Pontos também para o trabalho de produção sempre certeiro de Andy Sneap, que intensificou ainda mais as qualidades do disco.

Ouça e bata cabeça!

Comentários

  1. Eu esperava mais do Accept nesse novo álbum (o segundo sem Peter Baltes no line-up da banda), talvez a falta de uma canção mais "impactante" para complementar o tracklist comprometeu o trabalho, mas mesmo assim com o Humanoid os caras conseguiram apagar a má impressão deixada pelo Too Mean to Die, o (na minha opinião) horrendo disco anterior.

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