Surpresas são sempre boas, principalmente quando elas são inesperadas. É o caso do primeiro álbum do quarteto O Maldito, de Curitiba. Não conhecia a banda, e fui surpreendido com um trabalho que me surpreendeu muito.
Formada em 2017 e contando com Rubão Zampieri (vocal e baixo), Jefferson Moraes (guitarra), Toni Antonio (guitarra) e Vilmar “Koreia” dos Santos (bateria), a banda entrega um som pesadíssimo e repleto de groove em seu álbum de estreia. Temos dez canções, todas com letras em português, com direito à participação mais do que especial do tecladista Derek Sherinian, do Black Country Communion, Sons of Apollo e ex-Dream Theater, em “Inês é Morta”.
O que chama a atenção de imediato é a produção excelente, assinada por Marcelo Gelbke. Os timbres são densos, tudo é muito bem gravado, e isso destaca as inúmeras qualidades do grupo, que sabe compor canções fortes e cativantes, que cairão facilmente no gosto de quem não consegue imaginar os seus dias sem doses maciças de rock pesado. Musicalmente, o que se ouve é um metal na escola Black Sabbath e algo na linha do stoner, com o resultado final bastante positivo.
Os vocais de Rubão são agressivos, mas não adentram o gutural, enquanto as guitarras de Jefferson e Toni entregam riffs fortes e também constroem harmonias repletas de melodias em algumas faixas. Baixa e bateria levantam uma base quase sólida, densa e cheia de groove. Entre as canções, destaco a abertura com “Maldito”, “Circo Armado”, “Ao Sul de Lugar Nenhum”, “Sangria” (provavelmemte a melhor do disco) e “Inês é Morta”.
Uma bela paulada musical, indicadíssima pra bater cabeça!
O CD foi lançado pela Voice Music e pela Let’s Rock, loja de discos tradicional de Curitiba.
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