Review: Saxon – Saxon (1979)


Os álbuns pesados lançados no final dos anos 1970 possuem um frescor que permanece até hoje, notadamente os primeiros registros da New Wave of British Heavy Metal. É o caso do disco de estreia do Saxon, que chegou às lojas inglesas em maio de 1979. O álbum havia saído no Brasil apenas em LP em 1983, e finalmente ganhou a sua primeira edição em CD pela Wikimetal/BMG em formato digipack e trazendo oito músicas extras.

Na época a banda era formada por Biff Byford (vocal), Graham Oliver (guitarra), Paul Quinn (guitarra), Steve Dawson (baixo) e Pete Gill (bateria). A produção, assinada por John Verity, capturou o quinteto entregando energia e tesão em doses quase palpáveis, e o resultado é um disco que já mostrava o grande potencial que o Saxon alcançaria nos anos seguintes. A sonoridade, em alguns momentos, se aproxima de algo como uma espécie de demo tape muito bem produzida, e eleva o charme do registro.

É interessante perceber como as músicas caminham entre o hard rock já consolidado durante a década de 1970 e o então nascente heavy metal, que ainda estava sendo desenvolvido por bandas como o próprio Saxon. As canções são até certo ponto ingênuas, mas entregam bons momentos como a dobradinha “Rainbow Theme” e “Frozen Rainbow”, que abrem o play, além de “Judgement Day” e seu belo trabalho de guitarras, “Still Fit to Boogie” e grandiosa “Militia Guard”.

Entre os bônus temos a demo Son of a Bitch, lançada em 1978, completa, trazendo as versões iniciais de “Big Teaser”, “Stallions of the Highway”, “Backs to the Wall”, “Rainbow Theme” e “Frozen Rainbow”, presentes em suas gravações finais no álbum. Há ainda três faixas ao vivo – “Still Fit to Boogie”, “Backs to the Wall” e “Stallions of the Highway” – gravadas na edição de 1980 do lendário Monsters of Rock Festival, em Castle Donington.

A edição vem com encarte de 24 páginas com as letras, textos e fotos, configurando uma excelente indicação para os colecionadores da banda ou para quem quiser conhecer um dos mais importantes nomes da NWOBHM.


Comentários