Sou da opinião de que o Slipknot não possui álbuns ruins, ainda que, como toda banda que está há anos na estrada e tenha passado pela perda e mudança de integrantes, existam variações entre os trabalhos do grupo. The End So Far foi lançado em todo o mundo no final de setembro de 2022 e é o último disco do grupo com o baterista Jay Weinberg, que saiu em 2023 e foi substituído pelo brasileiro Eloy Casagrande.
Há experimentações saudáveis em The End So Far, como a abertura atmosférica de “Adderall” e a união entre momentos mais calmos marcados por elementos eletrônicos e explosões sonoras pesadas de “Yen”, além das pedradas típicas da banda como “The Dying Song (Time to Sing)” e “The Chapeltown Rag”. Ao todo temos doze faixas, com destaque também para “Medicine for the Dead” e a trilogia final com “H377”, “De Sade” e o climático encerramento com “Finale”.
Apesar de ser o álbum mais recente do grupo, The End So Far estava praticamente esgotado no Brasil. A Warner lançou três prensagens, a primeira com 500 cópias e as duas seguintes com apenas 300 unidades, o que gerou uma escassez no mercado principalmente após o crescimento pela procura de itens da banda com a entrada de Eloy. Uma nova edição de 500 unidades acabou de ser lançada em parceria com a Wikimetal, desta vez trazendo uma luva protetora, o chamado slipcase, diferenciando as versões – o restante (design do CD, encarte) é igual às edições anteriores. Se você estava atrás do álbum, aproveite!
The End So Far é um disco consistente e que mostra o Slipknot experimentando alguns novos caminhos enquanto trilha estradas seguras. O resultado final é sólido e prepara o terreno para o aguardado novo álbum, que, segundo os próprios músicos, já conta com ideias desenvolvidas e teve o seu processo de composição acelerado pela motivação gerada pela entrada de Eloy Casagrande.
Aguardamos ansiosamente a nova pedrada!
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