O Violador é um dos personagens mais carismáticos do universo de Spawn, e seu legado transcende os quadrinhos e filmes. A banda norte-americana Iced Earth, por exemplo, gravou uma música em sua homenagem – a paulada "Violator" –, presente no álbum The Dark Saga (1996), inspirado na mitologia de Spawn.
Dito isso, Violador – Visita ao Inferno é um dos momentos mais divertidos da fase clássica do universo criado por Todd McFarlane. Com roteiro de Alan Moore, a minissérie mostra o palhaço demoníaco enfrentando seus irmãos vindos diretamente do Inferno. A trama introduz um elemento típico dos quadrinhos da década de 1990: um personagem similar ao Justiceiro, um vigilante turbinado que caça o Violador e todos que cruzam seu caminho. O resultado é previsível: um demônio, sua família infernal e um psicopata fortemente armado resultam em uma carnificina desenfreada.
O roteiro de Moore prioriza a ação e, embora adicione alguns elementos à mitologia do personagem, concentra-se principalmente na pancadaria. A arte, assinada por Bart Sears e Greg Capullo, é explosiva e exagerada, com direito a diversas splash pages e ilustrações características dos anos 1990, com quadros extremamente coloridos e, frequentemente, com excesso de informação, além de poses anatomicamente questionáveis. No entanto, estamos falando de um quadrinho e de um personagem naturalmente exagerados, e esses aspectos contribuem para a própria magia que atrai leitores ao universo de Spawn. Vale mencionar que o próprio Spawn tem apenas uma participação breve na história, o que não a torna menos divertida.
Com muita cor, uma dose ainda maior de ação e todos os exageros possíveis e imagináveis, Violador – Visita ao Inferno oferece tudo isso e muito mais. Se você, como eu, é fã de Spawn, a leitura é altamente recomendada.
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