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O álbum também marca a estreia do guitarrista Joey Concepcion, que assume o posto deixado por Jeff Loomis após uma década na banda. A integração de Concepcion com Michael Amott é imediata, e a dupla entrega riffs e solos com química impressionante, confirmando a escolha como certeira.
O tracklist é sólido e entrega exatamente o que os fãs esperam do Arch Enemy. A explosiva “Dream Stealer” abre o disco de forma intensa e deixa uma excelente primeira impressão. Já “Illuminate the Path” destaca-se pela alternância precisa entre os vocais limpos e guturais de Alissa, em uma composição construída com grande equilíbrio. “March of the Miscreants” carrega o DNA da banda em cada riff e apresenta um dos refrãos mais marcantes do álbum. A faixa-título aposta em um andamento mais cadenciado, enquanto “Paper Tiger” exibe excelentes guitarras gêmeas e evidencia o entrosamento imediato entre Amott e Concepcion. O encerramento com “Liars & Thieves” é um dos melhores momentos do álbum e deixa um gostinho de quero mais ao final da audição.
A releitura de “Vivre Libre”, da banda canadense de black metal Blaspheme, é a grande surpresa do álbum. Cantada inteiramente com vocais limpos por Alissa White-Gluz, a faixa se destaca por sua atmosfera mais etérea e por fugir bastante do estilo tradicional do Arch Enemy. O resultado é uma canção acessível, com uma das melhores performances vocais de Alissa até hoje, revelando toda a sua versatilidade e talento. Trata-se de um grande acerto da banda — tanto pela escolha da música quanto pela confirmação de que Alissa foi uma substituição à altura de Angela Gossow.
Blood Dynasty é mais um ponto alto na discografia do Arch Enemy. A chegada de Joey Concepcion injeta novo fôlego criativo, e o equilíbrio entre melodia e agressividade continua afiado. O álbum apresenta uma banda madura, que não teme evoluir e incorporar novas nuances — especialmente nos vocais — sem jamais perder sua identidade. Em um cenário saturado por fórmulas repetidas, o Arch Enemy segue soando atual, pesado e relevante.
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