Por Anderson Nascimento
Colecionador
Editor do Galeria Musical
Cotação: ****
Fechando uma trilogia repleta de experimentalismos e música eletrônica, iniciada em 1991 com Achtung Baby e passando por Zooropa em 1993, o U2 lançou o álbum Pop em 1997 sem imaginar que o seu novo disco provocaria reações tão adversas entre os fãs e os críticos.
Pop ousou ao apostar em batidas eletrônicas e sintetizadores, deixando o rock praticamente de lado. Esse fato, para os fãs mais radicais, rendeu ao U2 a acusação de banda traidora, pelo fato do grupo ter ignorado o idealismo calcado em canções de teor político dos anos oitenta.
Enquanto alguns críticos também ajudaram a botar lenha na fogueira, outros consideraram o álbum uma verdadeira obra de arte, ao explorar os limites de uma sonoridade voltada à música pop e às pistas de dança.
Toda essa controvérsia em torno do lançamento acabou ajudando na promoção do trabalho, que alcançou o primeiro lugar em nada menos que trinta e cinco países, além do fato de que metade das canções do disco foram lançadas como singles.
Se em boa de Pop o U2 radicalizou gerando canções extremamente fora dos padrões a que estavam acostumados os fãs, como em “Discotheque”, “Mofo” e “Gone”, o álbum ainda tinha espaço para uma canção que ganhou um lugar especial entre os hits da banda. “Staring at the Sun” é uma balada no estilo de “One”, que também fez muito sucesso. Outra canção desse álbum que também merece atenção especial é a bela "If God Will Send His Angels", presente na trilha-sonora do filme Cidade dos Anjos.
Mesmo com todas as razões quanto à relevância do álbum, o disco tem também os seus momentos fracos. A sequência que vai de “Miami” até “If You Wear that Velvet Dress” é bastante entediante, representando um revés no saldo final.
Independente de qualquer coisa, Pop é um álbum corajoso, repleto de bons momentos e, acima de tudo, importantíssimo para a carreira do U2. Excessos à parte, o disco entrou para a história do grupo como o álbum que atingiu o ápice da experimentação, e seria responsável por dar início a mais uma nova fase, com All that You Can´t Leave Behind, menos grandiloqüente, mas que conseguiu atrair os velhos fãs de volta.
Pop ousou ao apostar em batidas eletrônicas e sintetizadores, deixando o rock praticamente de lado. Esse fato, para os fãs mais radicais, rendeu ao U2 a acusação de banda traidora, pelo fato do grupo ter ignorado o idealismo calcado em canções de teor político dos anos oitenta.
Enquanto alguns críticos também ajudaram a botar lenha na fogueira, outros consideraram o álbum uma verdadeira obra de arte, ao explorar os limites de uma sonoridade voltada à música pop e às pistas de dança.
Toda essa controvérsia em torno do lançamento acabou ajudando na promoção do trabalho, que alcançou o primeiro lugar em nada menos que trinta e cinco países, além do fato de que metade das canções do disco foram lançadas como singles.
Se em boa de Pop o U2 radicalizou gerando canções extremamente fora dos padrões a que estavam acostumados os fãs, como em “Discotheque”, “Mofo” e “Gone”, o álbum ainda tinha espaço para uma canção que ganhou um lugar especial entre os hits da banda. “Staring at the Sun” é uma balada no estilo de “One”, que também fez muito sucesso. Outra canção desse álbum que também merece atenção especial é a bela "If God Will Send His Angels", presente na trilha-sonora do filme Cidade dos Anjos.
Mesmo com todas as razões quanto à relevância do álbum, o disco tem também os seus momentos fracos. A sequência que vai de “Miami” até “If You Wear that Velvet Dress” é bastante entediante, representando um revés no saldo final.
Independente de qualquer coisa, Pop é um álbum corajoso, repleto de bons momentos e, acima de tudo, importantíssimo para a carreira do U2. Excessos à parte, o disco entrou para a história do grupo como o álbum que atingiu o ápice da experimentação, e seria responsável por dar início a mais uma nova fase, com All that You Can´t Leave Behind, menos grandiloqüente, mas que conseguiu atrair os velhos fãs de volta.
Contudo, o efeito de Pop deixou marcas definitivas na sonoridade do U2, o que dificilmente será dissociado do som do grupo.
Faixas:
1 Discothèque 5:19
2 Do You Feel Loved 5:07
3 Mofo 5:49
4 If God Will Send His Angels 5:22
5 Staring at the Sun 4:36
6 Last Night on Earth 4:45
7 Gone 4:26
8 Miami 4:52
9 The Playboy Mansion 4:40
10 If You Wear That Velvet Dress 5:15
11 Please 5:02
12 Wake Up Dead Man 4:52
Faixas:
1 Discothèque 5:19
2 Do You Feel Loved 5:07
3 Mofo 5:49
4 If God Will Send His Angels 5:22
5 Staring at the Sun 4:36
6 Last Night on Earth 4:45
7 Gone 4:26
8 Miami 4:52
9 The Playboy Mansion 4:40
10 If You Wear That Velvet Dress 5:15
11 Please 5:02
12 Wake Up Dead Man 4:52
Confesso, apesar de ser fã do U2 não sou fã deste álbum. Mas não gosto de crucificar bandas que experimentam mudar sua sonoridade, creio que faz parte do processo criativo de um artista, de uma banda. Enfim, sempre vale a pena conferir.
ResponderExcluirabraços
É isso mesmo, Nelson. Qualquer pessoa que trabalho com criatividade busca fazer coisas diferentes, isso é normal.
ResponderExcluirEu gosto bastante do Pop, e acho que o álbum foi muito mal interpretado por uma parcela considerável de fãs, que não curtiram o visual e as batidas eletrônicas de faixas como "Discoteque" e passaram batido por outras faixas muito interessantes, como as citadas pelo Anderson em seu texto.
Eu gosto de Pop, é um bom disco com cinco ou seis ótimas músicas e umas duas mais fracas. Mas é ainda um disco corajoso, embora tenha concorrido a um ridículo prêmio de rock alternativo no Grammy.
ResponderExcluirMas se o Jethro venceu em hard/heavy, qual a surpresa?